Aumento de imposto em França anulado após protesto de coletes amarelos
Ontem o Governo francês anunciou moratória de seis meses. Esta quarta-feira a imprensa local avança que a medida vai mesmo cair.
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Mundo Imprensa
Na terça-feira, o governo de França anunciou a suspensão por seis meses de medidas fiscais que deveriam entrar em vigor a 1 de janeiro de 2019.
Em causa estava, em particular, o imposto sobre combustíveis, uma medida que deu lugar a violentos protestos em Paris no último fim de semana, com cerca de uma centena de feridos e centenas de feridos.
A imprensa francesa avança agora que o imposto que provocou os protestos não será apenas suspenso durante seis meses, vai ser mesmo cancelado.
A 'queda' da medida é confirmada por Marc Fesneau, ministro que conta com a tutela do Parlamento, que adiantou que "o governo não vai restaurar o aumento do imposto sobre o combustível na Assembleia Nacional", como reporta o Le Parisien.
O passado fim de semana ficou marcado em França por violentos protestos do chamado movimento dos coletes amarelos. Houve desacatos em Paris e atos de vandalismo no Arco do Triunfo.
Apesar de algumas preocupações com grupos extremistas a associarem-se ao protesto, a verdade é que a maioria da opinião pública francesa compreendia as razões do protestos, como deram conta sondagens. Os protestos foram também o maior abalo na popularidade de Emmanuel Macron na presidência francesa.
Ontem, quando anunciou a suspensão durante seis meses da medida, Édouard Philippe, primeiro-ministro francês, realçava que "nenhum imposto merece colocar em risco a unidade da Nação". Com esta decisão o Governo francês acaba por recuar numa das reformas que queria aprovar.
Esta concessão do executivo francês é uma forma também de acalmar os protestos dos coletes amarelos, que se mobilizaram online e se fizeram sentir nas ruas a partir de 17 de novembro. O imposto de combustíveis em prol da transição ecológica funcionou como espécie de 'gota de água que fez transbordar o copo', inserindo-se numa insatisfação maior dos franceses sobre a queda do seu poder de compra.
[Notícia atualizada às 21h15]
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