A arquidiocese será colocada sob a proteção do "Capítulo 11", uma disposição norte-americana geralmente utilizada por empresas que permite que uma organização continue a funcionar normalmente, a salvo dos seus credores.
O próprio arcebispo de Santa Fé, John Wester, anunciou a decisão numa conferência de imprensa na quinta-feira, citado pela imprensa local.
A arquidiocese já pagou milhões de dólares a vítimas de atos de pedofilia cometidos pelos seus padres e ainda é alvo de 35 a 40 queixas.
Ao longo dos anos foram assinados acordos confidenciais destinados a impedir que acusações de pedofilia contra o clero fossem tornadas públicas.
"Nós simplesmente não temos mais dinheiro", disse o bispo Wester, explicando que pediu aos advogados da arquidiocese que iniciassem o processo de falência.
Segundo o prelado, não se trata de "fugir às responsabilidades", mas de poder continuar a gerir as suas paróquias e escolas, garantindo que as vítimas que sejam conhecidas no futuro também serão compensadas.
"A reestruturação sob o Capítulo 11 também permitirá total transparência sobre as operações e o património da arquidiocese", avançou Wester em comunicado.
Várias dioceses e arquidioceses norte-americanas recorreram a este procedimento nos últimos anos.
A Igreja Católica tem sido confrontada com a revelação de escândalos de abuso sexual em larga escala em todo o mundo, como aconteceu na Austrália, Chile e Estados Unidos.