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Jornalista detido por posse de explosivos e "conspiração terrorista"

Um jornalista ruandês, que trabalha como freelancer para o serviço local de rádio da BBC, foi detido por alegada posse de explosivos e envolvimento numa "conspiração terrorista", anunciou hoje o Departamento de Investigação de Ruanda (RIB).

Jornalista detido por posse de explosivos e "conspiração terrorista"
Notícias ao Minuto

12:12 - 30/11/18 por Lusa

Mundo Ruanda

Phocas Ndayizera, de 39 anos, está sujeito a uma pena de 20 anos de prisão se for considerado culpado nos termos da lei antiterrorista de Ruanda.

O jornalista "foi preso em flagrante delito, enquanto recebia os explosivos, incluindo dinamite", indicou Modeste Mbabazi, porta-voz do RIB.

"Nós estávamos a investigá-lo e fizemos a ligação entre ele e grupos terroristas que tentam prejudicar Ruanda", acrescentou a mesma fonte.

O RIB foi criado no início do ano para assumir a missão de investigação policial.

Na quinta-feira, Phocas Ndayizera referiu que "até ao momento, desconhecia as razões pelas quais foi preso, nem as acusações que o detinham".

A Organização de Imprensa de Ruanda espera que o Ndayizera receba um julgamento justo, contudo não se quer pronunciar sobre o caso, uma vez que as acusações não estão relacionadas ao trabalho de Ndayizera como jornalista.

"Nós estamos muito preocupados, dada a gravidade das acusações. Esperamos que tenha direito a um julgamento justo, equitativo e rápido", menciona a organização, em comunicado.

O serviço de rádio Kinyarwanda da BBC foi suspenso, em Ruanda, desde 2014, após a BBC no Reino Unido exibir um documentário acusando o Presidente ruandês, Paul Kagame, de envolvimento no atentado de 1994 contra o avião do então presidente Juvenal Habyarimana.

Este ataque é considerado o 'gatilho' do genocídio de 1994 que provocou a morte de 800.000 pessoas, segundo a organização das Nações Unidas (ONU), principalmente na minoria 'tutsi', mas também entre os 'hutus' moderados.

Paul Kagame, Presidente do Ruanda desde 2000, foi reeleito em 04 de agosto de 2017, com 99% dos votos, para um novo mandato de sete anos.

O Governo do Ruanda é acusado por várias organizações de defesa dos direitos humanos de detenções extra-judiciais, repressão de opositores e ataques aos meios de comunicação.

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