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Mais de um milhão assinou petição contra subida de combustíveis em França

A petição online 'Por uma baixa dos preços do combustível na bomba', lançada por uma das figuras dos 'coletes amarelos' na região de Paris, ultrapassou hoje à noite um milhão de signatários na plataforma change.org.

Mais de um milhão assinou petição contra subida de combustíveis em França
Notícias ao Minuto

20:44 - 29/11/18 por Lusa

Mundo Protestos

Lançada no final de maio por Priscilla Ludosky, vendedora de cosméticos em Savigny-le-Temple, a petição teve um êxito fulgurante desde o fim de outubro, depois de ter sido divulgada nas redes sociais no âmbito do movimento dos 'coletes amarelos' e de ter sido alvo de artigos na imprensa.

É a segunda petição mais assinada desde a abertura, em 2012, da plataforma change.org em França, atrás da petição "Lei do trabalho -- não, obrigado", lançada em 2016, que alcançou 1,3 milhões de assinaturas.

Priscillia Ludosky, recebida na terça-feira à noite pelo ministro da Transição Ecológica francês, François de Rugy, juntamente com outro iniciador do movimento dos 'coletes amarelos', explicou na semana passada que a ideia de lançar a petição tinha "surgido da simples constatação de que a fatura estava a aumentar".

"Quis saber porquê. Uma pesquisa levou a outra e concluí que a explicação dada pelo Governo não era muito coerente. Quis partilhar as minhas dúvidas com os automobilistas, para ver se eles se sentiam tão atingidos como eu, e também dirigir-me ao ministério para obter respostas", indicou.

A change.org, uma plataforma mundial de petições lançada em 2007 e utilizada em 196 países, sublinha que algumas petições internacionais ultrapassam vários milhões de signatários, mas "no caso da petição sobre os preços do combustível, o que é excecional é que o movimento foi lançado por uma cidadã à margem de qualquer partido político, sindicato ou associação", comentou a diretora da change.org em França, Sarah Durieux, em comunicado.

Os representantes do movimento dos 'coletes amarelos' anunciaram hoje que os porta-vozes da sua delegação oficial serão recebidos pelo primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, na sexta-feira, véspera da terceira etapa da sua mobilização.

Inicialmente surgido em protesto contra o aumento do preço dos combustíveis, o movimento dos 'coletes amarelos' alastrou, com o descontentamento em relação a várias medidas do Presidente francês, Emmanuel Macron.

"A revisão em baixa de todos os impostos" e a "criação de uma assembleia de cidadãos" para discutir a transição ecológica são algumas das reivindicações que o movimento considera pertinentes.

As exigências incluem, ainda, a abolição do Senado, a redução dos encargos patronais e um aumento dos salários mínimos e das reformas.

Um grupo de oito porta-vozes foi designado na segunda-feira para "estabelecer um contacto sério e necessário" com o Governo e para colocar uma série de exigências em cima da mesa.

Dois deles, os iniciadores do movimento 'coletes amarelos', Priscillia Ludosky e Eric Drouet, foram recebidos na terça-feira pelo ministro da Transição Ecológica, a pedido de Macron.

Já Édouard Philippe iniciou esta manhã dois dias de consultas para a "grande concertação" pretendida por Macron para tentar encontrar novas respostas para o movimento de 'coletes amarelos'.

O primeiro-ministro recebe hoje e na sexta-feira os membros do Conselho Nacional de Transição Energética, um órgão consultivo sobre ambiente e energia, que integra 50 membros de diversas origens, desde empregadores, sindicatos e organizações ambientais, até à sociedade civil, eleitos locais e parlamentares.

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