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Alergia a tinta de cabelo: Após Estelle, outras mulheres denunciaram

Reações alérgicas são causadas pelo componente PPD [p-Fenilenodiamina], ingrediente regularmente usado em corantes para cabelos, estando presente em cerca de 90% destes produtos.

Alergia a tinta de cabelo: Após Estelle, outras mulheres denunciaram
Notícias ao Minuto

08:05 - 29/11/18 por Andrea Pinto

Mundo França

Esta quarta-feira tornámos pública a história da francesa Estelle, que relatou o momento em que achou que poderia morrer devido a uma reação alérgica que sofreu ao pintar o cabelo, e que a deixou completamente desfigurada.

O rosto da jovem de 19 anos ficou irreconhecível e embora Estelle tenha admitido que não esperou o tempo aconselhável para testar se era alérgica ao produto, não será um caso único.

Após o seu relato, outras mulheres contactaram o Le Parisien para relatarem as suas experiências.

Sabrine e a coloração bio

Sabrine Launay conta que quando viu a história de Estelle pensou de imediato que tinha também de partilhar a sua experiência, pois trata-se de algo "muito grave" que deve ser denunciado. Sabrine comprou uma cor orgânica e alguns dias depois começou a sentir a cara a inchar. Deslocou-se ao hospital, onde lhe administraram cortisona e lhe disseram que tudo ficaria bem. Mas não. A mulher conta que o seu couro cabeludo estava todo irritado e todo o rosto, incluindo as orelhas, continuavam a inchar. 

O sofrimento começou a diminuir uma semana depois e só após um mês é que todo o rosto voltou à normalidade. As consequências alastraram-se aos dias de hoje: "só posso lavar o cabelo a cada dez dias e quando o faço sinto muito ardor".

Sabrine conta que na altura pensou que a culpa seria sua, por não ter efetuado o teste de reação alérgica que é aconselhado antes da aplicação destes produtos. Contudo, depois de conhecer a história de Estelle percebeu que devia partilhar a sua história.

Anne e a tatuagem

O segundo testemunho chega de Anne, que, em 2002, durante umas férias em Espanha, decidiu fazer uma tatuagem de henna, que contém igualmente uma forte concentração de PPD. Na altura ficou com o braço inchado, mas pouca importância deu ao caso.

Depois disso, e habituada a fazer madeixas, Anne pintou os cabelos e o que se seguiu não foi bonito. O seu rosto inchou e, aconselhada por um médico, disseram-lhe que deveria ser alérgica ao amoníaco presente no produto de coloração. Quando voltou a pintar o cabelo, optou por uma tinta sem amoníaco, mas o resultado foi o mesmo. "Acordei com uma cabeça de melancia", recorda.

Os médicos consideraram o seu caso estranho, mas acabaram por descobrir que era alérgica ao PPD.

"Antes deste incidente tinha um cabelo lindo, agora tenho um cabelo de criança de cinco anos. É muito fraco", lamenta.

Elisa, a aprendiz de cabeleireira

A história de Elisa aconteceu há mais de 30 anos mas mantém-se bem presente na sua memória. Tudo começou quando iniciou um curso de aprendiz de cabeleireira.

"Tive de abandonar o curso cerca de dois meses depois por causa de uma alergia ao PPD. As minhas mãos ficavam paralisadas ao ponto de não conseguir segurar os talheres à mesa", relata.

Elisa foi obrigada a abdicar do curso e anos mais tarde, quando foi ao cabeleireiro pintar o cabelo, usaram uma tinta com PPD sem o seu conhecimento. "O meu rosto começou a inchar e o meu couro cabeludo tornou-se uma ferida gigante".

Após uma injeção de cortisona, a situação acabou por se resolver mas a experiência fê-la aprender a lição.

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