Personalidades pedem fim de envolvimento dos EUA na guerra do Iémen
Mais de cinco dezenas de personalidades nos Estados Unidos da América enviaram hoje uma carta aos líderes republicano e democrata no Senado para que o Congresso acabe com a participação não autorizada norte-americana na guerra no Iémen.
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Mundo Congresso
Entre os subscritores estão o Prémio Nobel da Paz 1997, Jody Williams, dois antigos embaixadores dos EUA no Iémen, o ex-chefe de gabinete do ex-secretário de Estado Colin Powell, ex-analistas dos serviços de informações especialistas na área e académicos, como Noam Chomsky, Dani Rodrik ou John Mearsheimer.
No texto, apelam ao republicano Mitch McConnell e ao democrata Chuck Schumer para que façam "tudo o que puderem" para que seja aprovada a resolução apresentada por três senadores -- o independente Bernie Sanders, o republicano Mike Lee e o democrata Chris Murphy -- que visa aquele objetivo.
Os subscritores começam por lembrar os avisos da Organização das Nações Unidas de que a luta tem de parar para se evitar a maior fome que o mundo testemunharia em mais de um século.
A situação atual é a de "um claro e presente perigo de uma iminente e grande fome, que ameaça metade da população do país -- 14 milhões de pessoas -- de morte", detalharam.
O apelo à ação do Congresso é reforçado pela consideração de que o Governo do Presidente norte-americano, Donald Trump, não vai pressionar a Arábia Saudita para acabar com o conflito.
Salientaram também que a Casa Branca nunca pediu autorização para participar, juntamente com os sauditas, no esforço de guerra contra os rebeldes Houthi, nem tão pouco apresentou qualquer justificação legal para a continuação do conflito.
O texto refere ainda que os Houthi não colocam uma ameaça direta aos EUA, não há qualquer autorização legal para o uso da força contra eles, além de serem adversários da Al-Qaida, que erradicaram das áreas que controlam, e de grupos similares.
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