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ONU: Guiné-Bissau liderou atribuição de cidadania a refugiados africanos

Cerca de 73.400 refugiados africanos receberam cidadania dos países de acolhimento em 2017, destacando-se a Guiné-Bissau e a Zâmbia entre os mais solidários, disse hoje um responsável da agência das Nações Unidas para os Refugiados.

ONU: Guiné-Bissau liderou atribuição de cidadania a refugiados africanos
Notícias ao Minuto

17:40 - 27/11/18 por Lusa

Mundo Agência

Valentin Tapsoba, diretor do Gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) para África, revelou o número na abertura do 6.º Simpósio Humanitário Anual da União Africana, que decorre em Nairobi, no Quénia, e salientou que foi uma "melhoria significativa" face aos 23.000 refugiados que receberam cidadania em 2016.

"Isto reflete o espírito de solidariedade e partilha de responsabilidade", sublinhou, citado pela Bloomberg, assinalando que a Guiné-Bissau e a Zâmbia tomaram a liderança neste gesto.

O Governo da Guiné-Bissau e o ACNUR assinaram em dezembro de 2017 um documento para a atribuição da nacionalidade guineense a cerca de 10.000 refugiados que se encontram no país há mais de 20 anos, provenientes do Senegal, Libéria e Serra Leoa.

O responsável do ACNUR adiantou que África acolhe atualmente 6,3 milhões de refugiados e requerentes de asilo, enquanto mais de 14,5 milhões de pessoas se encontram deslocadas dentro de seus próprios países e mais um milhão são consideradas apátridas.

Segundo Tabsoba, a situação dos deslocados e das pessoas em risco de deslocação foi agravada por mudanças democráticas, urbanização, movimentos populacionais e alterações climáticas.

O diretor aplaudiu a decisão dos chefes de Estado dos países que compõem a União Africana (UA) de declararem 2019 como Ano dos Refugiados, Retornados e Deslocados Internos, e comprometeu-se a trabalhar com a organização para atingir os seus objetivos.

Acrescentou que, embora os governos estejam empenhados em combater as causas, fornecer proteção e encontrar soluções duradouras para os deslocados, é necessário que os programas e ações "assumam uma abordagem que envolva toda a sociedade".

Isto exigiria o envolvimento de várias partes interessadas, incluindo agências de desenvolvimento, instituições financeiras, organizações religiosas, academias e organizações da sociedade civil.

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