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Concertação sobre transição ecológica pode responder a 'coletes amarelos'

O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou hoje uma "grande concertação sobre a transição ecológica e social", que deve permitir "nos próximos três meses" responder à cólera dos chamados 'coletes amarelos' desenvolvendo "soluções".

Concertação sobre transição ecológica pode responder a 'coletes amarelos'
Notícias ao Minuto

12:59 - 27/11/18 por Lusa

Mundo Emmanuel Macron

Tendo surgido à margem dos partidos e sindicatos, os "coletes amarelos" iniciaram há mais de uma semana protestos, alguns violentos, contra o aumento dos combustíveis, passando depois a criticar também outras medidas de Macron.

O chefe de Estado francês pretende mudar de "método", mas não de direção no que se refere à fiscalidade dos combustíveis, defendendo que a referida concertação deverá acontecer em todo o país e juntar associações, eleitos e "representantes dos 'coletes amarelos'".

"Esta grande concertação sobre a transição ecológica e social terá (...) por missão (...) construir este novo modelo económico, social, territorial de que precisamos, construí-lo fornecendo soluções, métodos de acompanhamento", afirmou Emmanuel Macron, ao apresentar no Eliseu as grandes linhas da Programação Plurianual de Energia.

O presidente francês afirmou "compreender" e "partilhar" o "receio exprimido por muitos dos (seus) concidadãos nos últimos dias: ficar para trás, pagar a transição energética sem dela beneficiar".

"Não quero que às desigualdades de rendimentos geradas pela globalização se junte para os nossos concidadãos que trabalham ou trabalharam a desigualdade face à transição ecológica. Recuso-me a aceitar uma França a duas velocidades, onde os mais ricos, porque fizeram as boas escolhas de um ponto de vista ambiental, terão faturas mais leves e os mais modestos, porque não tiveram meios para investir, num veículo que consome pouco ou no isolamento da sua habitação, terão de pagar ainda mais", adiantou.

"Recuso que a transição ecológica acentue as desigualdades entre territórios e torne mais difícil ainda a situação dos nossos concidadãos que vivem na zona rural ou periurbana", disse ainda.

Macron considerou que "os protestos de alarme social" devem ser ouvidos "sem renunciar" às responsabilidades, dado existir "também um alarme ambiental", evocando o movimento dos "coletes amarelos" que "deu origem a manifestações importantes e também a violências inaceitáveis".

"Não confundo os desordeiros com os cidadãos que querem fazer passar uma mensagem", assegurou. "Mas não darei nada aos que querem a destruição e a desordem, pois a República é tanto a ordem pública como a livre expressão das opiniões", disse ainda.

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