ONU poderá ter "papel importante" no porto de Hodeida, diz emissário
O emissário da ONU para o Iémen, que realiza a sua primeira visita a Hodeida, afirmou hoje que os rebeldes concordaram negociar um "papel importante" para a organização em relação ao porto da estratégica cidade que controlam.
© Reuters
Mundo Iémen
"Estou aqui para vos dizer que acordámos que as Nações Unidas devem realizar urgentemente negociações para desempenharem um papel importante no porto e além dele", disse Martin Griffiths.
Antes, um porta-voz das Nações Unidas tinha indicado que a organização estava "pronta a trabalhar com as partes" tendo em vista "um papel de supervisão da ONU na administração do porto, que protegeria esta instalação de uma destruição potencial", preservando a rota humanitária que serve.
O porto de Hodeida (oeste) é porta de entrada de 75% da ajuda humanitária ao Iémen.
Griffiths, que está a tentar organizar negociações de paz na Suécia, apelou também aos beligerantes para manterem as tréguas em Hodeida, alvo de uma ofensiva das forças pró-governamentais para recuperarem a cidade aos rebeldes.
A guerra no Iémen opõe o governo do Presidente Abd Rabbo Mansur Hadi, apoiado por uma coligação internacional conduzida pela Arábia Saudita, aos rebeldes Huthis, ajudados pelo Irão.
O conflito, desencadeado em 2014, já causou mais de 10.000 mortos e a pior crise humanitária do mundo, com 14 milhões de pessoas em risco de fome, segundo a ONU.
As últimas negociações organizadas sob a égide da ONU, em Genebra, em setembro, falharam devido à ausência dos rebeldes, que não se deslocaram à Suíça alegando temer pela sua segurança.
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