A questão foi analisada na semana passada num encontro com o atual homólogo mexicano, Luis Videgaray, e o futuro sucessor na pasta dos Negócios Estrangeiros, Marcelo Ebrard, de acordo com um comunicado divulgado por Mike Pompeo.
A secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos, Kirstjen Nielsen, um dos rostos da política de "tolerância zero" da adminstração Trump contra a imigração ilegal, também participou das reuniões.
"Expressámos o compromisso comum de responder a esta situação. Não será permitido às caravanas entrarem nos EUA", lê-se na nota assinada pelo chefe da diplomacia norte-americano.
Mike Pompeo manifestou também vontade de trabalhar com a futura administração do Presidente eleito do México, André Manuel López Obrador, e explorar várias opções, como a criação de emprego no país, "para beneficiar as autoridades mexicanas e o seu povo".
Obrador, o primeiro Presidente eleito de esquerda desde o fim do Governo de partido único, em 2000, vai assumir a Presidência mexicana em 01 de dezembro.
A primeira caravana de migrantes, que partiu das Honduras no dia 13 de outubro, começou a chegar na semana passada à cidade fronteiriça mexicana de Tijuana, onde milhares permanecem acampados à espera de asilo nos Estados Unidos.
No entanto, o governo do Presidente Donald Trump expressou repetidamente a sua oposição à entrada destes migrantes no país.
A Casa Branca ordenou, no final de outubro, o destacamento de de mais de cinco mil soldados na fronteira e já emitiu um decreto que impede os migrantes de arranjarem asilo no estado norte-americano.
Trump ameaçou, na quinta-feira, fechar a fronteira a sul do país caso o "México não controle" a situação.