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Príncipe saudita faz primeira viagem ao estrangeiro após caso Khashoggi

O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, iniciou hoje nos Emirados Árabes Unidos a primeira deslocação ao estrangeiro depois do assassínio do jornalista Jamal Khashoggi, em 02 de outubro, no consulado do seu país em Istambul.

Príncipe saudita faz primeira viagem ao estrangeiro após caso Khashoggi
Notícias ao Minuto

23:58 - 22/11/18 por Lusa

Mundo Arábia Saudita

À sua chegada ao aeroporto de Abu Dhabi, a capital dos Emirados, foi acolhido com 21 tiros de canhão, segundo a agência noticiosa oficial WAM.

Os Emirados são um aliado dos sauditas, com quem apoia militarmente o Governo iemenita face à rebelião xiita.

O príncipe herdeiro do Abu Dhabi, Mohamed bin Zayed Al Nahyane, e numerosos outros dirigentes dos Emirados também estavam presentes à sua saída do avião.

Em Riade, o Governo anunciou a partida de Bin Salman para uma viagem efetuada por "instrução" do seu pai, o rei Salman, sem especificar o país que ia visitar.

O rei está "desejoso de reforçar as relações do reino aos níveis regional e internacional" e continuar "a cooperação e os contactos com os países irmãos no conjunto dos domínios", segundo um comunicado do Executivo de Riade.

Bin Salman é esperado na Tunísia na terça-feira, segundo uma fonte da Presidência do país norte-africano.

Na Turquia, o porta-voz da Presidência indicou hoje que o chefe de Estado, Recep Tayyip Erdogan, e Mohammed bin Salman poderiam encontrar-se na próxima semana à margem da cimeira dos dirigentes do grupo das 20 principais economias no mundo, na Argentina.

Este seria o primeiro encontro entre os dois homens depois do assassínio de Khashoggi, um crítico das autoridades sauditas.

O seu assassínio prejudicou a imagem do reino saudita, designadamente do príncipe herdeiro, acusado pela comunicação social e dirigentes turcos anónimos de ter ordenado a morte do jornalista.

Se Erdogan nunca pôs abertamente em causa o príncipe herdeiro, já afirmou que a ordem de matar o jornalista veio dos "mais altos níveis" do Estado saudita, mas afastando a responsabilidade do pai do príncipe herdeiro, o rei Salman.

Segundo meios norte-americanos, a Agência Central de Informações (CIA, na sigla em inglês) não tem qualquer dúvida sobre a responsabilidade de Mohammed bin Salman no assassínio.

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