Rússia, Turquia e Irão discutem situação em Idlib dias 28 e 29 em Astana
A Rússia, a Turquia e o Irão vão reunir-se nos dias 28 e 29 de novembro em Astana, capital do Cazaquistão, para discutir nomeadamente a situação na zona desmilitarizada de Idlib, anunciaram hoje as autoridades cazaques.
© Reuters
Mundo Síria
"Os participantes preveem falar da situação na Síria, em particular de Idlib, da criação de condições para o regresso de refugiados e deslocados, e da recuperação do país depois do conflito", declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros cazaque Kaïrat Abdrakhmanov, citado pela agência Interfax-Kazakhstan.
Segundo Kaïrat Abdrakhmanov, no que se refere à reconstrução da Síria, trata-se de falar, numa primeira instância, do desenvolvimento socioeconómico da Síria e das medidas que devem ser tomadas em matéria humanitária.
O encontro terá lugar pouco mais de um mês depois de um pacto russo-turco ter estabelecido uma zona desmilitarizada em torno da província de Idlib, no passado dia 15 de outubro.
A entrada em vigor do pacto deteve momentaneamente a ofensiva governamental sobre Idlib, mas não impediu que se produzissem confrontos entre os insurgentes e as forças governamentais.
As fações rebeldes moderadas retiraram-se da zona, que também abrange áreas das províncias vizinhas de Alepo e Latakia, ao contrário dos 'jihadistas'.
Idlib é a única região da Síria que continua controlada na quase totalidade por fações rebeldes e islamitas.
Patrocinado pela Rússia e pelo Irão, aliados do regime sírio, e pela Turquia, que apoia as fações rebeldes, o processo de Astana reúne, desde o início de janeiro de 2017, representantes de Damasco e uma delegação da oposição.
O processo aborda o aspeto militar de uma solução na Síria como o cessar-fogo e as zonas de distensão, na tentativa de chegar ao fim da guerra que já fez mais de 350.000 mortos desde março de 2011.
Representantes da Jordânia e da ONU foram convidados para o encontro na qualidade de observadores.
De acordo com o chefe da diplomacia cazaque, vai estar presente a equipa do enviado especial para a Síria da ONU, Staffan de Mistura, que vai deixar o cargo no final do mês depois de quatro anos de esforços para atingir um acordo de paz no país árabe.
O diplomata norueguês Geir Pedersen vai suceder ao ítalo-sueco no posto de mediador da ONU.
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