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Alemanha: Proibição de acesso ao espaço Schengen para 18 sauditas

O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Heiko Maas, anunciou hoje a proibição de entrada no espaço Schengen para 18 sauditas suspeitos de envolvimento na morte do jornalista Jamal Khashoggi.

Alemanha: Proibição de acesso ao espaço Schengen para 18 sauditas
Notícias ao Minuto

12:44 - 19/11/18 por Lusa

Mundo Khashoggi

Heiko, que falava aos jornalistas em Bruxelas, explicou que a decisão foi tomada em coordenação com a França, que integra o espaço de livre circulação europeu, e com o Reino Unido, que não pertence a Schengen.

"Tal como antes, continuamos com mais perguntas do que respostas sobre este caso, sobre o crime e sobre quem está por detrás dele", disse.

Segundo Maas, os 18 visados estão "alegadamente ligados ao crime", mas não deu mais informações.

Em Berlim, o gabinete do chefe da diplomacia alemã explicou que não é possível revelar os nomes por causa das leis alemãs de proteção de privacidade.

A Alemanha vai agora introduzir a identidade dos 18 visados no sistema de informação Schengen (comum a 26 países europeus) para lhes interditar o acesso, precisou o ministro alemão.

A entrada no espaço comum de livre circulação europeu só será possível se cada Estado emitir um visto nacional, segundo diplomatas citados pela agência de notícias France-Presse.

As sanções de Berlim seguem-se às anunciadas, na quinta-feira, pelos Estados Unidos para 17 responsáveis sauditas suspeitos de envolvimento na morte de Khashoggi, incluindo elementos próximos do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman.

Entre os visados das sanções económicas norte-americanas estão dois elementos da guarda pessoal do príncipe herdeiro, bem como o cônsul geral da Arábia Saudita em Istambul.

As sanções económicas juntaram-se à proibição de viajar para os Estados Unidos já em vigor para os mesmo 17 suspeitos sauditas.

As novas medidas preveem o congelamento de quaisquer ativos que os 17 tenham nos Estados Unidos e proíbem todos os negócios de cidadãos norte-americanos com eles.

As sanções dos Estados Unidos foram anunciadas no mesmo dia em que o Ministério Público (MP) da Arábia Saudita pediu penas de morte para cinco dos acusados de envolvimento da morte do jornalista, admitindo que Jamal Khashoggi foi morto e desmembrado no consulado do país em Istambul.

O MP ilibou o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, sobre quem recaíam suspeitas de ter ordenado o assassínio de Khashoggi.

Jamal Khashoggi, jornalista saudita crítico do regime, foi morto em 02 de outubro no consulado saudita em Istambul, na Turquia.

A Arábia Saudita começou por assegurar que o jornalista tinha saído do consulado vivo, mas depois mudou de versão e admitiu que foi morto na representação diplomática numa luta que correu mal.

Segundo a investigação turca, Khashoggi foi morto por um esquadrão de agentes sauditas que viajaram para Istambul com esse fim.

O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse por várias vezes que a ordem para matar Khashoggi "foi dada ao mais alto nível do estado" saudita.

As autoridades sauditas detiveram 21 suspeitos de ligações à morte do jornalista e adiantam que 11 foram já acusados.

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