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Khashoggi: Cerimónias fúnebres de jornalista assassinado começam sexta

A família do jornalista saudita Jamal Khashoggi, assassinado no dia 2 de outubro no consulado do seu país em Istambul, anunciou hoje que vai iniciar as cerimónias fúnebres a partir de sexta-feira, que se vão prolongar por vários dias.

Khashoggi: Cerimónias fúnebres de jornalista assassinado começam sexta
Notícias ao Minuto

20:05 - 15/11/18 por Lusa

Mundo Istambul

O filho do jornalista saudita informou na rede social Twitter que a família vai receber as condolências de homens entre sexta-feira e domingo na casa da família em Jeddah, enquanto as mulheres serão recebidas de segunda a quarta-feira, devido à segregação de sexos que prevalece no reino saudita.

Salah, filho de Jamal Khashoggi, anunciou ainda que vai ser efetuada uma cerimónia religiosa em honra de seu pai ao amanhecer de sexta-feira, depois da oração, na Mesquita do Profeta, na cidade de Medina, e outra após a oração do meio-dia, na Mesquita Sagrada de Meca.

O Ministério Público da Arábia Saudita pediu hoje penas de morte para cinco dos acusados de envolvimento da morte do jornalista, admitindo que Jamal Khashoggi foi morto e esquartejado no consulado do país em Istambul.

O MP ilibou o príncipe herdeiro Mohammed ben Salmane, sobre quem recaíam suspeitas de ter ordenado o assassínio de Khashoggi.

Segundo explicações de Riade, o plano para assassinar Khashoggi foi posto em marcha a 29 de setembro, três dias antes da morte do jornalista, e foi o chefe-adjunto dos serviços de informações sauditas, general Ahmed al-Assiri, que ordenou o regresso forçado de Khashoggi à Arábia Saudita.

A ordem para matar o jornalista foi dada pelo chefe da equipa de "negociadores", segundo o MP saudita.

Numa reação, o chefe da diplomacia da Turquia, Mevlüt Cavusoglu considerou "insuficientes" as explicações do Ministério Público da Arábia Saudita sobre a morte do jornalista, insistindo no caráter premeditado da operação.

A diplomacia turca apelou para que sejam revelados os "verdadeiros mandantes" da operação.

"Este caso não pode ser encerrado desta forma", disse Cavusoglu, assegurando que a Turquia fará tudo "o que estiver ao seu alcance para fazer luz sobre todos os aspetos desta morte".

As autoridades sauditas detiveram 21 suspeitos de ligações à morte do jornalista e adiantam que 11 foram já acusados.

Os Estados Unidos anunciaram também hoje sanções financeiras para 17 responsáveis sauditas suspeitos de envolvimento na morte do jornalista Jamal Khashoggi, incluindo elementos próximos do príncipe herdeiro Mohammed ben Salmane, anunciou, em comunicado, o departamento do Tesouro norte-americano.

Entre os visados estão dois elementos da guarda pessoal do príncipe herdeiro, nomeadamente Saud al-Qahtani e o seu subordinado Maher Mutreb, bem como o cônsul geral da Arábia Saudita em Istambul, Mohammed Al-Otaibi.

As sanções económicas juntam-se à proibição de viajar para os Estados Unidos já em vigor para os mesmo 17 suspeitos sauditas.

As novas medidas preveem o congelamento de quaisquer ativos que os 17 tenham nos Estados Unidos e proíbem todos os negócios de cidadãos norte-americanos com eles.

As autoridades norte-americanas afirmam ter pressionado o Governo saudita para que faça uma investigação completa ao assassínio de Khashoggi.

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