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Plano de 500 milhões para acalmar protestos contra impostos em França

O primeiro-ministro francês anunciou hoje um plano de 500 milhões de euros para a renovação do parque automóvel e das caldeiras de aquecimento para acalmar os protestos contra o aumento dos impostos dos combustíveis.

Plano de 500 milhões para acalmar protestos contra impostos em França
Notícias ao Minuto

09:36 - 14/11/18 por Lusa

Mundo Édouard Philippe

O anúncio de Édouard Philippe acontece dias antes da jornada de mobilização contra o aumento destes impostos, que decorre no sábado.

Philippe, numa entrevista à televisão RTL, destacou que "não vão ser anulados os aumentos" dos impostos sobre os combustíveis, nem aqueles que foram aplicados desde o início do ano, nem os que devem ser adicionados desde janeiro.

Estes aumentos são o principal motivo de mal-estar do movimento dos "coletes amarelos", que convocou bloqueios de estradas e manifestações no sábado.

Philippe lembrou que o aumento dos impostos sobre a gasolina e o gasóleo foram um compromisso de campanha do Presidente, Emmanuel Macron, em nome da transição energética, da redução da poluição e da redução da dependência do petróleo.

O primeiro-ministro disse que as novas medidas, que devem ser adotadas hoje no Conselho de Ministros, custarão 500 milhões de euros suplementares aos cofres públicos.

A primeira consiste em "desenvolver maciçamente os prémios" para trocar um carro velho poluente (que é enviado para o abate) por outro mais eficiente em termos de consumo.

A segunda é a extensão do chamado "cheque de energia" recebido pelas famílias mais carenciadas para pagar o aquecimento, cerca de 3,6 a 5,6 milhões de beneficiários.

Paralelamente, Philippe apresentou um programa para uma mudança de sistema de aquecimento com o objetivo de que, em dez anos, as caldeiras individuais de combustível desapareçam.

Haverá subsídios que financiarão até um terço do custo de conversão.

Os "coletes amarelos", um coletivo surgido espontaneamente através das redes sociais, explicam que a principal razão para rejeitarem estes aumentos é que nem todo o dinheiro arrecadado vai para a transição energética.

O Governo francês subiu este ano 7,6 cêntimos por litro para o diesel e 3,9 cêntimos para gasolina. Em janeiro, haverá um aumento de seis e três cêntimos, respetivamente.

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