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Exército da Tanzânia comprou toda a produção nacional da castanha de caju

O Presidente da Tanzânia, John Magufuli, ordenou ao exército para comprar toda a produção nacional da castanha de caju na presente campanha, depois de comerciantes se recusarem a pagar aos agricultores o preço estabelecido pelo Governo.

Exército da Tanzânia comprou toda a produção nacional da castanha de caju
Notícias ao Minuto

12:36 - 13/11/18 por Lusa

Mundo África

O chefe de Estado ordenou que o exército compre a produção ao preço de 3.300 xelins tanzanianos (1,28 euros) por quilo, muito acima do preço que os comerciantes estavam dispostos a pagar, acusados de oferecer um preço insuficientemente lucrativo para os produtores, segundo um comunicado divulgado na segunda-feira.

Em outubro, Magufuli decretou uma duplicação do preço do fruto seco, antes fixado em 1.500 xelins (0,58 euros) por quilo e que, segundo os agricultores, não cobria os custos de produção.

Contudo, os comerciantes recusaram-se a ajustar esse preço, o que motivou a decisão do chefe de Estado.

A castanha de caju representa uma das principais culturas de exportação da Tanzânia.

John Magufuli pediu ao Banco de Desenvolvimento Agrícola da Tanzânia para "desbloquear os fundos necessários para a compra desses cajus e do exército para implantar os seus elementos para comprar toda essa produção", acrescenta o comunicado.

No sábado, Magufuli demitiu os ministros da Agricultura, Charles Tizeba, e do Comércio, Charles Mwijage, acusados de "falharem nas suas obrigações" na gestão deste setor.

O Presidente da Tanzânia também decidiu que o funcionamento da fábrica de processamento das castanhas de caju, onde são tratadas, propriedade do Estado da Tanzânia, seria confiada ao exército.

O Governo da Tanzânia prevê uma produção nacional de 210.000 a 220.000 toneladas da castanha de caju para o ano de 2018.

"Nós vamos comprar toda a produção, vamos procurar compradores e vamos consumir o que não pode ser vendido", assegurou o Presidente Magufuli, em comunicado.

A decisão do Presidente do país foi criticada por empresários e pela oposição, que o acusam de ir contra a política oficial do Governo de liberalizar o comércio.

Desde a sua eleição, em outubro de 2015, John Magufuli entrou em conflito com empresas do setor privado, que o acusam regularmente de prejudicar os tanzanianos.

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