Arábia Saudita terá torturado até à morte um segundo jornalista
Arábia Saudita de novo na berlinda por causa da morte de um jornalista acusado de críticas à família real.
Mundo Al-Jasser
Um escritor e jornalista saudita terá morrido na prisão depois de ser torturado, de acordo com o The New Khaleej.
Turki Bin Abdul Aziz Al-Jasser foi detido em março passado por alegadamente administrar a conta de Twitter ‘Kashkool’, que denuncia crimes cometidos pelas autoridades e pela família real saudita.
Agora, fontes ligadas a associações de direitos humanos indicaram à comunicação social que terá sido torturado até à morte durante o tempo em que esteve preso, ainda que este óbito não tenha sido oficialmente declarado.
Este poderá ser mais um caso similar ao do jornalista Jamal Khashoggi. Al-Jasser terá sido apanhado por uma rede de espionagem saudita que opera na sede regional do Twitter no Dubai, um organismo que é associado a Saud al-Qahtani, demitido das suas funções no rescaldo do caso Khashoggi.
Authorities believe that the writer Turki bin Abdul Aziz al-Jasser (TurkialjasserJ) is the Twitterati KASHKOOL (coluche_ar), private #Saudi security sources asserted to us. The source confirmed what ALQST tweeted about using personal information in Jasser's PC to blackmail him pic.twitter.com/qkNmZe0e2w
— Prisoners of Conscie (@m3takl_en) 18 de março de 2018
Jamal Khashoggi, recorde-se, entrou no consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia, no dia 2 de outubro, para obter um documento para se casar com uma cidadã turca e nunca mais foi visto. No mesmo dia em que o jornalista desapareceu, entraram em Istambul, em dois aviões, 15 sauditas identificados como membros da Guarda Real saudita.
Suspeita-se que estes terão estado envolvidos na morte de Khashoggi, que era uma das vozes mais críticas do poder em Riade, nomeadamente do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman. O jornalista colaborava com o jornal The Washington Post e residia nos Estados Unidos desde 2017.
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