Civis devem poder fugir das zonas de conflito no Iémen
O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) pediu hoje aos combatentes na região de Hodeida (oeste do Iémen) para pouparem as infraestruturas civis e permitirem que qualquer pessoa abandone as zonas de conflito.
© Reuters
Mundo Cruz Vermelha
Em declarações à agência France Presse, Mirella Hodeib, porta-voz do CICV no Iémen, expressou preocupação com "os civis e infraestruturas civis em Hodeida", referindo em particular o hospital Al-Thawra, "um dos maiores da cidade" e que está próximo da "linha da frente" dos combates, assim como os reservatórios de água e as centrais elétricas.
"O CICV apela todas as partes a respeitarem a lei humanitária internacional e a pouparem os civis e as infraestruturas civis", disse a porta-voz, apelando também aos combatentes para "permitirem a passagem em segurança dos civis que querem fugir das zonas de conflito".
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) alertou na terça-feira que "os combates intensos na cidade portuária de Hodeida se aproximaram perigosamente do hospital Al-Thawra, o que coloca em risco 59 crianças, 25 das quais se encontram nos cuidados intensivos".
Desde quinta-feira que as forças pró-governamentais iemenitas, apoiadas pela coligação internacional sob comando saudita, realizam operações terrestres, aparentemente para cercar a cidade nas mãos dos rebeldes Huthis, que são apoiados pelo Irão.
Os combates causaram perto de 200 mortos em menos de uma semana, segundo fontes militares e médicas.
A batalha de Hodeida ameaça a distribuição de ajuda humanitária, dado que o porto da cidade é porta de entrada para 70% das importações e da assistência internacional ao Iémen.
A guerra no Iémen já matou mais de 10.000 pessoas, a maioria civis, desde o seu início em 2014.
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