Em comunicado, a Câmara de Tui adiantou que a deslocação de Carlos Vázquez Padín vai ocorrer dois meses depois de o município ter apresentado à subdelegação do Governo espanhol o projeto de limpeza da zona da envolvente a um armazém clandestino de material pirotécnico que explodiu, em maio, na localidade de Paramos e Guillarei, ainda sem resposta.
Na sequência daquela explosão morreram duas pessoas, 37 ficaram feridas, sendo que 31 casas foram totalmente destruídas e 300 danificadas, afetando um total de 800 pessoas.
O proprietário do armazém clandestino está em prisão preventiva desde maio. Além daquele armazém Francisco Lameiro detém ainda uma fábrica de pirotecnia, situada na localidade de Baldráns, entretanto selada pela polícia.
O homem encontra-se indiciado pela prática dos crimes de homicídio por negligência, danos e lesões por negligência, risco de catástrofe e posse ilegal de explosivos.
Segundo o município, o autarca de Tui vai deslocar-se ao Ministério da Política Territorial, a quem enviou, no início de outubro, uma carta a alertando para a necessidade de os trabalhos de limpeza "começarem o mais rapidamente possível, a fim de se iniciarem as obras de reconstrução, construção e reforma das casas", e para a qual não obteve resposta.
Carlos Vázquez Padín irá ainda ao Ministério do Interior para "reiterar o pedido de apoio do governo no projeto demolição da fábrica de pirotecnia, situada em Baldráns.
O projeto de demolição, elaborado pela Câmara de Tui, resulta de uma sentença do Tribunal Superior de Justiça que determinou, em 2015, a suspensão da atividade daquela unidade.
"O objetivo da visita é indicar aos ministérios competentes do governo espanhol que, em Tui, há assuntos pendentes para resolver e que o município ficaria muito grato se fossem atendidos", refere a nota daquele município, na fronteira com o concelho de Valença, no distrito de Viana do Castelo.
Na quarta-feira, a Câmara de Tui, acusou a subdelegação do Governo espanhol de "ausência de colaboração" relativamente à ordem de remoção de material e demolição da desativada fábrica de pirotecnia La Gallega, situada na localidade de Baldráns.