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Exército da Nigéria mata manifestantes e justifica-se citando Trump

Caso está a causar polémica no país.

Exército da Nigéria mata manifestantes e justifica-se citando Trump
Notícias ao Minuto

16:50 - 02/11/18 por Pedro Filipe Pina

Mundo Twitter

Um protesto da comunidade islâmica xiita na Nigéria terminou de forma violenta.

Na passada segunda-feira os manifestantes atiraram pedras a militares na principal marcha do protesto, que implicou um bloqueio de estrada.

Os soldados nigerianos responderam com tiros. Conta o New York Times que nas redes sociais surgem vídeos em que se veem soldados a disparar sobre manifestantes já de costas,  em fuga.

As autoridades até ao momento reconhecem apenas três mortos mas os organizadores do protesto e a Amnistia Internacional estimam que o número de vítimas será superior a 40, havendo ainda mais de cem feridos vítimas de balas disparadas no total dos três protestos levados a cabo. Um repórter de Reuters revela que contou, pelo menos, 20 corpos.

Na imagem que pode ver acima, captada pela objetiva da Reuters, vê-se o calçado de manifestantes em fuga que ficou para trás na estrada onde o protesto e a consequente repressão violenta tiveram lugar.

Na Nigéria a maior parte dos muçulmanos são sunitas. A comunidade xiita tem levado a cabo protestos pelas suas condições de vida. Perante o coro de críticas que tem vindo a público, o exército nigeriano recorreu às redes sociais e a 'ajuda externa' involuntária para defender as suas ações.

Os militares partilharam na conta oficial de Twitter do exército um pequeno excerto de um discurso de Donald Trump em que este diz, sobre a defesa da fronteira dos EUA, que pedras atiradas por manifestantes contra militares serão tratadas como armas de fogo.

O vídeo é acompanhado simplesmente pela legenda: "Vejam o vídeo e façam as vossas deduções".

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