Meteorologia

  • 19 MARçO 2024
Tempo
12º
MIN 12º MÁX 21º

Procuradoria espanhola pede penas até 25 anos para líderes catalães

Ministério Público quer penas pesadas para independentistas.

Procuradoria espanhola pede penas até 25 anos para líderes catalães
Notícias ao Minuto

10:43 - 02/11/18 por Natacha Nunes Costa com Lusa

Mundo Espanha

O Ministério Público (MP) espanhol pediu, esta sexta-feira, pena de prisão de 25 anos para o ex-vice-presidente da Catalunha Oriol Junqueras, pelos crimes de apropriação indevida de fundos públicos e de rebelião, avança o jornal El País.

Para os dirigentes de duas importantes associações independentistas, Jordi Cuixart e Jordi Sànchez, e para a então presidente do parlamento da Catalunha, Carme Forcadell, a procuradoria espanhola pede penas de 17 anos de cadeia por "serem promotores da rebelião". Para os ministros do governo regional Jordi Turull, Raül Romeva, Joaquim Forn, Josep Rull e Dolors Bassa o MP pede uma pena de 16 anos e para Carles Mundó, Santi Vila e Meritxell Borràs de sete anos por "desvio de fundos públicos e desobediência".

O MP espanhol, no documento sobre a tentativa de secessão da Catalunha, em outubro de 2017, apresentado esta semana ao Supremo Tribunal, pede ainda 11 anos de prisão para o ex-comandante dos Mossos de Esquadra, Josep Lluís Trapero.

Os réus irão a julgamento nos próximos meses, previsivelmente no início de 2019, por terem declarado a independência da Catalunha de forma unilateral.

Nove dos acusados encontram-se atualmente em prisão preventiva, como é o caso de Oriol Junqueras e de outros cinco ex-membros do executivo regional catalão.

As acusações foram conhecidas justamente no dia em que Junqueras e o ex-ministro do Interior da Catalunha, Joaquim Forn, cumprem um ano de prisão preventiva.

O antigo presidente do executivo catalão Carles Puigdemont, figura central da tentativa de autodeterminação da Catalunha e atualmente exilado na Bélgica, não irá figurar entre os réus, uma vez que o sistema judicial espanhol não contempla a possibilidade de um julgamento à revelia.

A 1 de outubro de 2017, o governo regional catalão (Generalitat) então liderado por Carles Puigdemont, apoiado desde 2015 por uma maioria parlamentar de partidos separatistas, organizou e realizou um referendo contestado e considerado ilegal pela justiça espanhola.

A votação teve uma taxa de participação de 43%, dos quais 92% votaram "Sim" à pergunta "Quer que a Catalunha seja um estado independente em forma de república?".

Puigdemont e a sua equipa governativa decidiram avançar no parlamento catalão, a 27 de outubro de 2017, com a declaração unilateral de independência de uma "República catalã".

O governo espanhol reagiu imediatamente e destituiu o executivo regional catalão. Também dissolveu o parlamento regional e colocou a região sob tutela dos serviços centrais de Madrid.

O executivo espanhol convocou também eleições regionais a 21 de dezembro de 2017, escrutínio que permitiu aos independentistas manter uma maioria parlamentar absoluta.

Após vários avanços e recuos judiciais e políticos, o independentista Quim Torra tomou posse em Barcelona, em meados de maio último, como presidente do governo regional da Catalunha.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório