"Não sou um homem da política", disse novo ministro da Justiça em 2016
Jornal Estadão recordou entrevista dada em 2016 pelo juiz brasileiro Sergio Moro, que aceitou esta quinta-feira ser ministro da Justiça na administração de Jair Bolsonaro.
© Reuters
Mundo Brasil
O juiz brasileiro Sergio Moro, responsável pelo processo Lava Jato, que levou à condenação do antigo presidente Luiz Inácio Lula da Silva por corrupção, aceitou esta quinta-feira ser o ministro da Justiça na administração de Jair Bolsonaro, que tomará posse como presidente do Brasil no primeiro dia de janeiro do próximo ano.
O nome do magistrado já havia sido avançado como uma possibilidade na pasta da Justiça, mas, como recorda o jornal Estadão, sempre negou essa possibilidade.
"Sou um homem de Justiça e, sem qualquer demérito, não sou um homem da política", asseverou o magistrado judicial em 2016.
Antes do encontro com Jair Bolsonaro, onde foi decidida a sua nomeação, Moro afirmou que o Brasil precisa de uma "agenda anticorrupção", além de ter considerado "surpreendente" que o critiquem por conversar com "um presidente que foi eleito por 50 milhões de pessoas".
Sublinhe-se que Sergio Moro foi alvo de intensas críticas na altura da condenação de Lula da Silva, que era líder nas sondagens. Agora, com a entrada nesta administração, adensam-se as suspeitas de que o combate à corrupção tenha sido utilizado como campanha política.
No âmbito da operação Lava Jato, recorde-se, foram presos importantes políticos e empresários, entre os quais o antigo presidente petista, condenado por corrupção e que se encontra a cumprir pena de 12 anos de prisão em Curitiba.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com