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Curdos condenam UE por recusar receber cidadãos membros do EI detidos

As autoridades semi-autónomas curdas da Síria condenaram hoje em Bruxelas a recusa dos países europeus de receberem os seus cidadãos membros do grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI) detidos pelas suas forças.

Curdos condenam UE por recusar receber cidadãos membros do EI detidos
Notícias ao Minuto

18:49 - 31/10/18 por Lusa

Mundo Síria

Os combatentes estrangeiros capturados e as respetivas famílias são originários de 46 países, anunciou Abdul Karim Omar, encarregado dos Negócios Estrangeiros na administração curda, numa conferência de imprensa em Bruxelas.

No total, 790 homens encontram-se detidos pelas forças especiais curdas numa prisão, ao passo que 584 mulheres e 1.250 crianças foram colocadas em dois campos, precisou o responsável.

"Todos os países da União Europeia (UE) estão envolvidos, mas nenhum nos pediu a extradição dos seus nacionais. Recusam-se a assumir as suas responsabilidades e deixam-nos suportar esse fardo", lamentou.

"Estes detidos são perigosos e alguns cometeram massacres de civis. Nós não conseguimos gerir sozinhos este problema, devido à instabilidade da nossa região", explicou, advertindo que basta haver "uma falha na segurança para lhes permitir a fuga".

Inquirido sobre o número de cidadãos de países da UE que se encontram detidos, o representante curdo escusou-se a especificar, dizendo: "Isso não é importante".

O responsável indicou que a Bélgica aceitou receber apenas as crianças dos cidadãos belgas.

"Estamos convencidos de que as mães e os seus filhos não devem ser separados, mas nenhuma família foi reclamada pelo seu país de origem", observou.

Quinze crianças e as respetivas mães belgas foram registadas nos dois campos montados para as famílias dos 'jihadistas' capturados, indicou Gerrit Loots, um psicólogo belga regressado de uma visita a esses campos.

"Poderíamos tê-los trazido se o Governo belga nos tivesse autorizado a fazê-lo", comentou, expressando preocupação com a saúde de algumas das crianças, que descreveu como "muito doentes".

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