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Mãe reunida com filho raptado 31 anos antes no Canadá

O homem foi levado em 1987 quando ainda era criança.

Mãe reunida com filho raptado 31 anos antes no Canadá
Notícias ao Minuto

23:56 - 29/10/18 por Sara Gouveia

Mundo Canadá

Uma mulher canadiana foi reunida com o filho, que não via desde que este tinha sido raptado em 1987 quando ainda era criança. Agora, com 33 anos, Jermaine Allan Mann foi, alegadamente, levado pelo pai quando tinha apenas 21 meses durante uma visita combinada em Toronto.

A criança e o pai viveram nos Estados Unidos sob nomes falsos até à semana passada, quando o homem foi apanhado a usar documentos falsos. A detenção acabou com os esforços das autoridades de ambos os países para encontrarem o rapaz desaparecido há 31 anos.

Segundo conta a BBC, Jermaine revelou que toda a vida o pai lhe disse que a mãe tinha morrido quando este era bebé. Este fim de semana, teve finalmente a oportunidade de conhecer a mãe, Lyneth Mann-Lewis, que voou para os Estados Unidos para a reunião.

Aos meios de comunicação Lyneth descreveu o tempo entre ter descoberto que o filho estava vivo e a primeira vez que se encontraram como tendo parecido "intermináveis". "As palavras não conseguem expressar o que senti", disse.

A mulher revelou ainda que a primeira coisa que fez antes de sequer falar com o filho foi abraçá-lo. "Queria ver se era real. Disse: 'Ó meu Deus, o meu bebé", recordou.

Falaram durante horas e fez questão de lhe cozinhar uma refeição antes de voltar para o Canadá.

O caso remonta a 24 de junho de 1987, quando Allan Mann raptou o filho durante uma visita programada. O homem e Lyneth tinham-se separado no ano anterior. A polícia de Toronto lançou, na altura, uma investigação exaustiva ao desaparecimento da criança, mas sem sucesso.

O rasto de Jermaine eventualmente desapareceu, mas a história e as imagens, atualizadas com recurso a técnicas de reconstrução facial, foram partilhadas ao longo dos anos nas redes de crianças desaparecidas. Com os investigadores de ambos os países a nunca desistirem do caso.

A 26 de outubro deste ano, Alan foi detido no Connecticut, por suspeita de estar a utilizar documentos falsificados para si e para o seu filho e que davam conta de que ambos eram do estado norte-americano do Texas.

O alerta soou quando as certidões de nascimento foram usadas para uma candidatura a habitação comparticipada e Alan foi mais tarde identificado através de software de reconhecimento facial.

Agora, enfrenta acusações de falsos testemunhos em documentos oficiais, nos Estados Unidos e uma possível extradição para o Canadá pela acusação de rapto, depois de cumprir a pena em solo americano. No entanto ainda não foi presente a um juiz e por isso ainda não são conhecidas as medidas de coação definitivas.

Para Lyneth esta é uma oportunidade de como mãe "seguir em frente" com o filho como uma família. "Sou a prova de que depois de 31 longos anos de sofrimento ninguém deve desistir, mas deve ser sim paciente, forte e deve acreditar que tudo é possível", rematou.

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