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Noiva de Khashoggi exige que responsáveis pela sua morte sejam punidos

A noiva turca do jornalista saudita Jamal Khashoggi, morto no consulado do seu país em Istambul no início de outubro, exigiu hoje que "todos os responsáveis" sejam punidos por este ato de "barbárie".

Noiva de Khashoggi exige que responsáveis pela sua morte sejam punidos
Notícias ao Minuto

15:49 - 26/10/18 por Lusa

Mundo Hatice Cengiz

"O meu pedido é que todos os responsáveis implicados nesta barbárie, do mais baixo ao mais alto nível, sejam levados à justiça e punidos", disse Hatice Cengiz numa entrevista ao canal da cadeia de comunicação Habertürk.

O jornalista saudita de 59 anos, colaborador do jornal Washington Post, foi morto a 2 de outubro dentro do consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia. Jamal Khashoggi foi à representação diplomática saudita com o objetivo de tratar da documentação para se casar com a cidadã turca.

Hatice Cengiz ficou à espera do jornalista em frente ao consulado saudita e, preocupada por não ver o noivo sair do local, alertou as autoridades turcas.

"Eu comecei a tremer por todo o meu corpo quando percebi que algo havia acontecido (...). De repente, um imenso medo abateu-se sobre em mim", disse a noiva do jornalista ao Habertürk.

Depois de várias horas à espera, a noiva do jornalista disse que ligou para a receção do consulado para informar que Khashoggi não tinha saído.

"Foi-me dito que não havia mais ninguém no interior" do consulado, afirmou a cidadã turca.

Hatice Cengiz, ligou então a um amigo do jornalista, Yasin Aktay, que é um dos conselheiros do Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan. A polícia foi notificada e a investigação das autoridades turcas tive início.

Segundo Ancara, o jornalista foi morto por agentes sauditas que viajaram para Istambul especificamente com o objetivo de assassinar Khashoggi.

Depois de negar a morte do jornalista, Riade admitiu que Khashoggi havia sido morto numa operação "não autorizada" e que teria ocorrido sem conhecimento do poder saudita.

"Jamais uma coisa destas teria passado pela minha cabeça", disse Hatice Cengiz, acrescentando que o consulado não permitiu que entrasse com o noivo.

Dezoito pessoas foram detidas em Riade no âmbito deste caso, mas ainda está por saber onde está o jornalista saudita.

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