Turquia vai instalar em 2019 de sistema de mísseis comprado à Rússia
O ministro da Defesa turco, Hulusi Akar, confirmou hoje a instalação na Turquia do sistema de mísseis antibalísticos S-400, cuja compra à Rússia provocou tensões com os Estados Unidos.
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"A instalação vai começar em outubro de 2019. Agora estamos na fase de seleção dos funcionários", que participarão posteriormente numa formação de manobra do sistema de mísseis, na Rússia, disse o ministro à agência de notícias turca Anadolu.
O S-400 é um sistema de defesa aérea de última geração, capaz de abater alvos aéreos a uma distância de 250 quilómetros e mísseis balísticos não estratégicos a 60 quilómetros.
O governo dos Estados Unidos criticou o facto de a Turquia, membro da NATO, ter adquirido um sistema de armamento à Rússia.
No entanto, o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, reconheceu que cada país tem direito a tomar estas decisões.
"É um desafio, e sabemos que há um desentendimento entre a Turquia e os Estados Unidos", disse Jens Stoltenberg em setembro deste ano, acrescentando que para a NATO, o mais importante é que "os diferentes sistemas possam operar juntos".
Vários especialistas avisaram que o uso de armamento russo por um país-membro da NATO pode permitir a Moscovo aceder a dados da Aliança Atlântica.
O ministro da Defesa turco negou essa possibilidade, prometendo que o sistema S-400 vai ser usado de "forma totalmente independente".
"As preocupações dos Estados Unidos e da NATO parecem-nos infundadas. Nunca permitimos que nada prejudique os sistemas dos Estados Unidos nem da NATO, e não vamos permitir que sejam perturbados", acrescentou.
A aquisição dos S-400 levou o Senado dos Estados Unidos a aprovar uma moção que trava as vendas de caças F-35 à Turquia, em junho deste ano.
Hulusi Akar assegurou, no entanto, que esta transação segue o seu curso.
"Quatro pilotos turcos viajaram até aos Estados Unidos e começaram a formação. Estão também cerca de 50 oficiais em curso de formação de longa duração para a manutenção dos dispositivos", assegurou o ministro.
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