Autoridade Palestiniana vai investigar denúncias de detenções e tortura
O Governo da Autoridade Palestiniana comprometeu-se hoje a investigar as acusações de tortura e detenções arbitrárias sistemáticas na Cisjordânia denunciadas na terça-feira pela organização Human Rights Watch (HRW).
© Reuters
Mundo HRW
O gabinete do primeiro-ministro, Rami Hamdala, reagiu hoje ao contundente relatório que acusa a Autoridade Palestiniana e o movimento islâmico Hamas, na Faixa de Gaza, de reprimirem dissidentes e terem "Estados policiais paralelos" e assegurou que "serão tomadas medidas imediatas para refutar todos os factos e casos que descreve".
"O Estado da Palestina continuará os seus esforços para promover os princípios de responsabilidade e prestação de contas para a proteção dos direitos humanos palestinianos", sustentou o chefe do executivo.
A organização de direitos humanos documentou no relatório 86 casos ocorridos em 2016 e 2017 na Faixa de Gaza e na Cisjordânia de tortura durante os interrogatórios de detidos e denunciou detenções sistemáticas de opositores políticos, ativistas, jornalistas e cidadãos críticos do poder.
Antes de publicar o relatório, a HRW inquiriu as autoridades palestinianas de Gaza e da Cisjordânia, que negaram as acusações e disseram tratar-se de casos isolados, nas respostas anexadas à documentação da investigação.
O Hamas classificou na terça-feira o relatório como "inexato" e declarou que contradiz a realidade.
Hoje, o primeiro-ministro indicou que responderão ao conteúdo publicado e defendeu "que se trabalhe arduamente para harmonizar a legislação com as normas estabelecidas nos tratados internacionais" que acordou e assinou, entre os quais a Convenção Contra a Tortura e o Acordo Internacional de Direitos Civis e Políticos.
O gabinete do chefe do executivo garantiu ainda que, a 16 de outubro, a Palestina adotou o documento de referência para a criação do mecanismo nacional para impedir a tortura.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com