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Abe quer China a pressionar Pyongyang sobre japoneses raptados

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, deverá abordar com as autoridades chinesas o alegado sequestro de cidadãos japoneses pela Coreia do Norte, durante os anos 1970 e 1980, uma questão sensível nas relações entre Tóquio e Pyongyang.

Abe quer China a pressionar Pyongyang sobre japoneses raptados
Notícias ao Minuto

12:27 - 23/10/18 por Lusa

Mundo Japão

Fonte do governo nipónico disse hoje aos jornalistas, na embaixada do Japão, em Pequim, que a Coreia do Norte vai ser um dos temas abordados por Shinzo Abe junto das autoridades chinesas.

A China é o mais importante aliado diplomático e parceiro comercial da Coreia do Norte, mas aprovou as sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU, visando forçar Pyongyang a pôr fim ao seu programa nuclear e com mísseis balísticos.

O funcionário do governo japonês, que falava sob condição de anonimato, afirmou que Tóquio quer que o regime norte-coreano aborde a questão dos cidadãos japoneses que é suspeito de sequestrar, como condição para a melhoria das relações.

Em Pequim, Abe vai reunir com o homólogo chinês, Li Keqiang, e o Presidente, Xi Jinping

Entre 1977 e 1983, vários cidadãos japoneses que viviam em regiões costeiras desapareceram.

Em 2002, o então líder norte-coreano Kim Jong II, como parte das negociações entre a Coreia do Norte e o Japão que iria produzir a Declaração de Pyongyang, admitiu o rapto de 13 japoneses pelo regime.

O governo japonês diz, no entanto, que os norte-coreanos raptaram pelos menos 17 cidadãos do país e não descarta o envolvimento de Pyongyang no desaparecimento de outras 883 pessoas.

Na altura, Kim Jong II pediu desculpa pelos raptos, mas não revelou os motivos.

Analistas consideram que os sequestros fizeram parte dos esforços dos serviços de inteligência norte-coreanos para aprenderem mais sobre a cultura japonesa, visando treinar os seus espiões para melhor se infiltrarem no Japão.

Em 2002, a Coreia do Norte permitiu o regresso de cinco dos japoneses sequestrados e devolveu os restos mortais dos outros oito, alegando terem, entretanto, morrido.

O governo japonês afirma, no entanto, que as provas do ADN revelam que os restos não pertencem aos japoneses desaparecidos.

O caso mais sensível diz respeito a Megumi Yokota, que tinha apenas 13 anos quando foi raptada, em novembro de 1977.

Pyongyang alega que Yokota suicidou-se, em 1994, mas as autoridades japonesas dizem que os testes de ADN mostram que os restos mortais devolvidos não são dela.

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