Brexit: Cientistas alertam para impacto na investigação científica
Trinta e cinco cientistas, entre os quais vencedores de prémios Nobel ou da Medalha Fields, alertaram na segunda-feira para o impacto da saída do Reino Unido da União Europeia na investigação científica, pedindo uma "cooperação estreita" que evite "barreiras".
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Mundo Brexit
Numa missiva endereçada à primeira-ministra britânica, Theresa May, e ao presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, o grupo de 35 cientistas defende que "os desafios [do chamado Brexit] devem ser abordados de uma forma que seja benéfica para todos" e pede "uma cooperação o mais estreita possível entre o Reino Unido e a União Europeia".
Os signatários acrescentam que o progresso científico "requer a troca de pessoas e de ideias além-fronteiras para permitir um rápido intercâmbio de conhecimentos e de tecnologia", pelo que "criar novas barreiras à colaboração vai impedir" a evolução.
Entre os signatários da carta estão os franceses Albert Fert e Claude Cohen-Tannoudji, vencedores do Prémio Nobel em 2007 e em 1997, respetivamente, bem como o jovem matemático alemão Peter Scholze, vencedor da Medalha Fields este ano.
A carta foi divulgada no dia em que um grupo de investigadores do centro britânico de pesquisa biomédica Francis Crick Institute manifestou preocupação com o Brexit.
Num inquérito feito naquele instituto, 97% dos 1.053 cientistas questionados consideraram que a saída do Reino Unido da União Europeia terá consequências negativas na área da pesquisa científica no país.
O Reino Unido vai deixar a União Europeia em março de 2019, dois anos após o lançamento oficial do processo de saída, e quase três anos após o referendo de 23 de junho de 2016 que viu 52% dos britânicos votarem a favor do 'Brexit'.
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