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Rebeldes matam 13 civis e sequestram 12 crianças no leste do Congo

Um grupo de rebeldes matou 13 civis e sequestrou 12 crianças, num ataque a um centro de intervenção contra a epidemia de ébola em Beni, no leste da República Democrática do Congo (RDCongo), revelaram hoje as forças armadas congolesas.

Rebeldes matam 13 civis e sequestram 12 crianças no leste do Congo
Notícias ao Minuto

11:54 - 21/10/18 por Lusa

Mundo África

O ataque foi perpetrado pelas Forças Aliadas Democráticas, numa ofensiva contra posições militares, iniciada no sábado e que se prolongou até às primeiras horas de hoje, afirmou o capitão Mak Hazukay Mongha.

Revoltado com a ação dos rebeldes, um grupo de residentes em Beni levou quatro dos mortos para a sede da autarquia, onde a polícia o dispersou com recurso a gás lacrimogéneo.

Com o ataque deste grupo rebelde, as operações para conter a epidemia de ébola naquela região a leste da RD Congo foram suspensas, interrompendo-se o trabalho de deteção de novos casos de contaminação.

O incidente seguiu-se ao ataque dos rebeldes Mai Mai a um destacamento do exército da RD Congo, que provocou a morte a dois agentes de saúde que acompanhavam o exército da RD Congo na província de Nord-Kivu, a leste do país africano, atingida pela epidemia de ébola.

O ministro da Saúde da RD Congo, Oly Ilunga, afirmou, no sábado, que os dois elementos, que se encontravam desarmados, numa zona com muitos grupos armados, foram mortos quando os rebeldes irromperam de uma floresta e dispararam tiros.

Ilunga afirmou que se admite que os rebeldes premeditaram o ataque ao destacamento do exército congolês, no qual estavam os dois agentes médicos para assistirem os elementos oficiais de saúde, numa região em que existe uma epidemia de ébola, declarada a 01 de agosto.

A epidemia de ébola, que provocou já 152 mortos, segundo dados de 19 de outubro da Organização Mundial de Saúde, foi declarada em Mangina, estendendo-se até Beni, baluarte do grupo armado ADF (Forças Democráticas Aliadas), que multiplicou os ataques contra civis, complicando a resposta sanitária.

Na passada quarta-feira, em Genebra, na Suíça, a OMS decidiu não declarar estado de emergência de saúde pública internacional a epidemia de ébola na RD Congo.

Após a reunião de urgência do Comité de Emergência, a OMS comunicou que "não deve ser declarada por agora uma emergência de saúde pública de amplitude internacional".

"A avaliação do risco de propagação é baixa a nível global, mas é muito alta, tanto a nível nacional [na RD Congo], como regional. Não houve alteração na avaliação de risco desde 28 de setembro", considerou o Comité de Emergência da OMS.

Salientando que "a vigilância e monitorização permanentes é fundamental", a OMS revelou ainda que está "profundamente preocupada com a epidemia" e referiu que "as respostas precisam de ser intensificadas".

A pior epidemia de ébola na história atingiu a África Ocidental entre o final de 2013 e 2016, causando mais de 11.300 mortos em 29.000 casos sinalizados, mais de 99% na Guiné, Libéria, Nigéria e Serra Leoa.

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