Rara condição ocular pode ajudar a explicar o génio de da Vinci
Um novo estudo refere que o artista italiano sofria de exotropia intermitente, uma forma de estrabismo, o que contribuía para que pintasse a distância e a profundidade dos objetos com a exatidão com que fazia.
© Getty Images
Mundo Estudo
Leonardo da Vinci é considerado um dos maiores génios de sempre. Um novo estudo conclui que parte da sua genialidade deve ser atribuída a uma rara condição ocular. O estudo da autoria de Christopher Tyler, um professor na City University of London e investigador no Smith-Kettlewell Eye Research Institute de San Francisco, foi publicado esta quinta-feira no jornal JAMA Ophthalmology e sugere que da Vinci padecia de exotropia intermitente.
Esta é uma condição na qual um dos olhos tem uma inclinação diferente. O professor Christopher Tyler analisou seis obras do artista italiano e verificou que alguns deles mostram sinais de exotropia. Alguns são auto-retratos mas da Vinci escreveu que qualquer retrato de um pintor reflete a aparência do autor.
Tyler constatou que um dos olhos de da Vinci tem uma inclinação de -10,3º mas que o artista era capaz de reverter esse desalinhamento quando estava focado num ponto. De acordo com o autor do estudo, esta condição permitia a da Vinci ver o mundo de uma perspetiva diferente. “Aquilo que ele via parecia-se mais com uma tela”, conseguindo assim uma maior perspetiva da distância e da profundidade dos objetos.
Para Christopher Tyler, isto contribuiu para uma maior exatidão nas obras de da Vinci, algo pelo qual o artista sempre foi reconhecido.
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