"Conselho Europeu reafirmou orientações prejudiciais para Portugal"
O eurodeputado comunista João Ferreira lamentou hoje que o Conselho Europeu tenha insistido em "orientações prejudiciais para Portugal" e para o resto da Europa em relação à zona euro, 'Brexit' e migrações.
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Mundo PCP
"O Conselho Europeu reafirmou um conjunto de orientações e medidas prejudiciais para Portugal, para os interesses dos trabalhadores e povo portugueses e demais povos da Europa", disse à Lusa João Ferreira, ao comentar a reunião de chefes de Estado e de Governo que terminou hoje em Bruxelas.
O também dirigente do PCP afirmou que, "em relação à cimeira do euro, insiste num aprofundamento da união económica e monetária, a pretexto do qual se procura reforçar todo um conjunto de constrangimentos e imposições que limitam a possibilidade de afirmação de projetos de desenvolvimento soberano assentes no progresso social".
"Em relação às negociações sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, regista-se um novo impasse sendo que a complexidade das negociações, que não se nega, tem sido permanentemente instrumentalizada e manipulada para limitar o alcance e mesmo subverter a decisão tomada de forma soberana pelo povo do Reino Unido", continuou, frisando ser "essencial que os direitos dos trabalhadores migrantes, nomeadamente os portugueses a trabalhar e a residir no Reino Unido, sejam respeitados em qualquer circunstância".
Sobre o problema dos migrantes, João Ferreira criticou o Conselho Europeu porque "aprofundou a linha da militarização e securitização da questão das migrações, na mesma linha da visão xenófoba e racista do fenómeno migratório que já vinha sendo evidenciada em Conselhos Europeus anteriores".
"Agora, a pretexto da questão migratória, é associado aquilo que podemos designar como um assalto de recorte claramente neocolonial ao continente africano, já despido da retórica da cooperação para o desenvolvimento. Aquilo que se prepara é um assalto dos grandes grupos económicos e das multinacionais europeus, por via da imposição de acordos de livre comércio e investimento, todos orientados para o seu interesse e não dos povos do continente africano e seus países", anteviu.
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