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Roger Waters responde a adeptos de Bolsonaro que o queriam 'calado'

A exibição de hashtag #EleNão em concerto em São Paulo causou polémica.

Roger Waters responde a adeptos de Bolsonaro que o queriam 'calado'
Notícias ao Minuto

16:53 - 15/10/18 por Pedro Filipe Pina

Mundo Brasil

Roger Waters, a figura de proa dos Pink Floyd, foi alvo de aplausos e apupos durante um concerto na passada semana em São Paulo, no Brasil.

Durante a atuação, foi exibida no ecrã a hashtag #EleNão, que se popularizou entre opositores de Jair Bolsonaro. O candidato da extrema-direita às presidenciais brasileiras foi ainda incluído numa lista de "neofascistas" de Roger Waters, figurando ao lado de outros líderes polémicos.

Roger Waters marcou presença no programa Fantástico, da Globo, onde falou sobre o momento que gerou debate no Brasil, numa altura em que o país vive momentos notórios de tensão e divisão.

Waters explicou que houve uma falha da sua equipa com a hashtag. Esta era para ter sido exibida não durante a música 'Eclipse', mas sim durante a música 'Mother'.

A hashtag da polémica era para ser exibida "durante a parte [da música] 'Mother should I trust the government?' ('Mãe, devo confiar no governo?). Seria nessa altura que apareceria 'Ele não', aí faria sentido", explicou.

O músico e compositor sempre nos habituou ao longo da carreira a afirmações políticas. Nos Estados Unidos também chegou a ser alvo de reações diversas, quando chamou "pig" (porco) a Trump, numa frase igualmente exibida num ecrã durante o concerto.

Roger Waters aproveitou ainda a sua participação no programa Fantástico para 'responder' a quem nas redes sociais o insultou e criticou pelas suas opções políticas. O músico salientou que entre os seus críticos havia quem lhe exigisse que ficasse "calado" e se limitasse "a tocar música".

"Francamente, para as pessoas que comentaram na minha página do Facebook com 'cala a boca e apenas toca música'. Se você não gosta, não entre no meu Facebook, não vá aos meus concertos, ok? Se não gosta, não venha! Tudo isso é ridículo", afirmou.

Roger Waters disse ainda que a divisão que viu no público o lembrou de outros momentos na história e que, nos seus concertos, a luta não deveria ser entre as pessoas ali presentes, mas sim contra os poderosos.

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