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Igreja chilena volta a pedir perdão após novas expulsões de bispos

A Igreja Católica do Chile voltou hoje a pedir perdão após ser conhecida a decisão do papa de expulsar do sacerdócio dois bispos do país devido à sua ligação a casos de abusos sexuais de menores.

Igreja chilena volta a pedir perdão após novas expulsões de bispos
Notícias ao Minuto

17:30 - 13/10/18 por Lusa

Mundo Religião

Jose Francisco Cox, 85 anos, e Marco Antonio Ordenes, 54 anos, que foram bispos de La Serena e de Iquique, respetivamente, foram demitidos “do estado clerical”, na sequência de uma investigação da Congregação para a Doutrina da Fé, não sendo possível recorrer da decisão, indicou o Vaticano.

Num comunicado, a Conferência Episcopal do Chile respondeu pedindo novamente perdão às “famílias e comunidades” que “sofreram os abusos (…) causados pelos bispos”.

Adiantou que continuará o seu “caminhar de renovação eclesial”, colocando-se ao serviço do papa.

Estas duas expulsões juntam-se às dos sacerdotes Fernando Karadima Farina e Cristian Prech ocorridas nas últimas semanas.

Duas das vítimas de abuso sexual por parte de Karadima também reagiram através da rede social Twitter às expulsões anunciadas hoje.

Jose Andres Murillo considerou que as expulsões são “justas e necessárias” porque os dois bispos “procuraram o poder e utilizaram-no para abusar sexualmente de crianças e pessoas vulneráveis”, enquanto James Hamilton questionou quando é que a igreja chilena contará com “bispos bons” e não com “criminosos (...) e encobridores”.

Vários membros da Igreja Católica do Chile envolvidos em casos de abuso, incluindo alguns bispos, levaram o clero chileno à pior crise da sua história.

Em maio, os bispos chilenos apresentaram a sua renúncia depois de três encontros com o papa Francisco, no Vaticano, na sequência de uma série de erros e omissões na gestão de casos de abuso sexual.

De acordo com um relatório publicado no final de agosto, existem no Chile 119 investigações em curso contra 167 pessoas relacionadas com a Igreja e 178 vítimas identificadas, 79 das quais menores quando os casos ocorreram.

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