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Governo indiano cria comité para examinar denúncias de agressão sexual

O Ministério da Mulher da Índia prometeu hoje a criação de um comité judicial para examinar os casos de agressão sexual denunciados desde que o movimento #MeToo se alargou ao país, noticia a agência EFE.

Governo indiano cria comité para examinar denúncias de agressão sexual
Notícias ao Minuto

16:05 - 12/10/18 por Lusa

Mundo Ministério

"O ministério estabelecerá um comité formado por funcionários judiciais e por um sistema legal para examinar todos os problemas denunciados pelo movimento #MeTooIndia”, afirmou Maneka Gandhi, ministra das mulheres e desenvolvimento infantil, no Twitter.

A ministra apelou às mulheres para que saiam “sem medo e denunciem os casos de qualquer tipo de agressão sexual”, assegurando que garantirá toda a ajuda possível.

Esta reação chega no contexto de um número crescente de denúncias feitas contra MJ Akbar, ministro de Estado e das relações exteriores, por agressões sexuais na altura em que trabalhava como jornalista e editor, antes de entrar no mundo da política.

Akbar encontra-se de momento em viagem oficial e não se pronunciou sobre as acusações

Nas duas últimas semanas, as denúncias têm aumentado na Índia, depois de uma acusação de abuso sexual lançada pela atriz Tanushree Dutta, que já se retirou da profissão e vive atualmente nos Estados Unidos.

O cineasta Sajid Khan desistiu hoje da realização de um filme, depois de a atriz Saloni Chopra o acusar de assédio e abusos sexuais no seu blogue.

Salid Khan negou as acusações e afirmou abandonar o projeto até poder “provar a verdade”.

Em Nova Deli, um pequeno grupo de mulheres convocado pela Federação Nacional de Mulheres Índias acudiu ao edifício Jantar Mantar, célebre pelas manifestações que já acolheu, para pedir justiça.

“Os homens precisam de se desculpar, devem pagar pelo que fazem. Será que percebem o trauma que a mulher sofre quando é vítima de abuso sexual no seu lugar de trabalho?”, disse Rushda Siddiqui, membro da organização, em declarações à EFE.

Segundo a manifestante, a justiça do país deveria permitir que as mulheres denunciem os factos, “inclusive quando ocorreram 20 ou 30 anos atrás”.

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