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Trump defende polémica medida para combater crime em Chicago
O presidente norte-americano quer menos restrições à polícia para enfrentar a "onda de crime" na terceira maior cidade dos Estados Unidos.
© Reuters
Mundo Estados Unidos
Donald Trump defendeu esta segunda-feira a aplicação da medida ‘stop-and-frisk’ na cidade de Chicago para combater a vaga de crime, de acordo com a Reuters. Esta medida significa que a polícia pode parar e revistar superficialmente uma pessoa se tiver suspeitas de que essa pessoa pode estar armada e representar um perigo. No entanto, esta opção prevista na lei norte-americana não é consensual, uma vez que as organizações de direitos civis realçam que estas ações da polícia têm como principais alvos negros e outras minorias étnicas.
Durante um discurso na convenção da Associação Internacional de Chefes de Polícia em Orlando, na Florida, o presidente dos Estados Unidos afirmou que deu indicações ao procurador-geral Jeff Sessions e à sua equipa para “irem à grande cidade de Chicago e ajudarem a resolver a terrível onda de tiroteios”.
“Disse-lhes para trabalharem com as autoridades locais para tentarem mudar o horrível acordo que Chicago fez com a American Civil Liberties Union, que inibe as forças de segurança, e para considerarem fortemente a ‘stop-and-frisk’. Funciona e foi concebida para problemas como os de Chicago. Foi feita para isso”, destacou Donald Trump.
O gabinete do presidente da Câmara de Chicago, Rahm Emanuel, não demorou a reagir à sugestão do líder norte-americano. Matt McGrath, porta-voz do edil de Chicago, lembrou a Trump que o número de homicídios e de vítimas de tiroteios em Chicago diminuiu nos últimos dois anos.
“Até alguém tão desinformado como Donald Trump deve saber que o ‘stop-and-frisk’ não é a solução para o crime”, afirmou o porta-voz num comunicado.
Chicago registou em 2016 o número mais elevado de homicídios em 19 anos: 771.
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