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Irmã de Marielle com filha ao colo insultada por apoiantes de Bolsonaro

Anielle Franco estava com a filha de dois anos de idade ao colo quando foi alvo de insultos. É irmã da vereadora Marielle Franco, assassinada em março deste ano.

Irmã de Marielle com filha ao colo insultada por apoiantes de Bolsonaro
Notícias ao Minuto

15:06 - 09/10/18 por Notícias Ao Minuto

Mundo Brasil

Do Brasil continuam a chegar notícias do clima de tensão política e social. 

Anielle, irmã de Marielle Franco (na imagem), revelou nas redes sociais como foi insultada nas ruas quando estava com a filha de dois anos de idade ao colo. Os insultos terão sido feitos por homens vestidos com camisolas de apoio a Jair Bolsonaro, o candidato da extrema-direita que poderá ser o próximo presidente do Brasil.

Anielle é irmã de Marielle Franco, a ativista eleita vereadora que acabou assassinada com o seu motorista no passado mês de março, num caso que chocou parte do Brasil. Sete meses depois, a investigação ao assassinato de Marielle Franco continua sem trazer grandes novidades. Anielle tornou-se uma figura conhecida do público brasileiro depois de se transformar na porta-voz da família no apelo para que se faça justiça, como explica a Globo.

O episódio relatado por Anielle terá acontecido na segunda-feira, um dia após as eleições gerais no Brasil. Jair Bolsonaro venceu na primeira volta, com 46% dos votos, e irá concorrer contra Fernando Haddad, o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) que substituiu Lula da Silva, o ex-presidente que continua a cumprir pena de prisão.

"Hoje eu tive medo! Medo mesmo. Não deveria, mas tive. Foi assustador. Ainda mais com minha filha no colo", pode ler-se na denúncia feita nas redes sociais por Anielle.

"Bom, não estou escrevendo para que ninguém tenha pena. Mas para que repensem a sua maneira de fazer política. Por conta de um antipetismo [movimento contra o PT] vocês preferem propagar o ódio e a violência?! O seu candidato, em suma, defende esse tipo de postura, e outras coisa bem piores! Pensem bem!", atirou.

Recorde-se que, ainda na sequência das eleições gerais do passado domingo, um mestre de capoeira foi assassinado com 12 facadas alegadamente por ter assumido que votou no PT.

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