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Jornalista terá sido "desmembrado" no consulado saudita na Turquia

Jamal Khashoggi foi ao consulado para obter documentos para o seu casamento. Não voltou a ser visto e as autoridades turcas afirmam ter provas de que foi morto no consulado.

Jornalista terá sido "desmembrado" no consulado saudita na Turquia
Notícias ao Minuto

09:51 - 08/10/18 por Fábio Nunes

Mundo Investigação

O jornalista saudita Jamal Khashoggi, que costuma colaborar com o Washington Post, está desaparecido há quase uma semana. A Turquia diz que foi morto no consulado saudita em Istambul e um amigo de Khashoggi revelou que o jornalista terá sido “desmembrado”, de acordo com a Associated Press.

Jamal Khashoggi deslocou-se ao consulado saudita em Istambul porque precisava de documentos para o seu casamento. Os responsáveis do consulado saudita dizem que saiu pouco tempo depois, mas a sua noiva, que esperava no exterior, insiste que o jornalista nunca saiu do edifício. Depois de investigar o caso, a polícia turca garante ter provas concretas de que Jamal Khashoggi foi morto no consulado.

Turan Kislakci, amigo de Khashoggi e chefe da Associação Turca-Árabe de Media, contou à Associated Press que o jornalista foi brutalmente assassinado. “O que nos foi dito pelas autoridades turcas foi isto: ‘Ele foi morto. Façam as preparações para o funeral’”. Durante essa conversa explicaram a Kislakci que terão deixado Khashoggi “inconsciente” antes de o matarem e que depois foi “desmembrado”.

Notícias ao MinutoEntrada do consulado saudita em Istambul© Getty Images

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, referiu que está a seguir atentamente o caso e que as autoridades estão a analisar câmaras de videovigilância como parte da sua investigação. “Queremos obter resultados rapidamente”, frisou.

Jamal Khashoggi é um crítico do príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman e da intervenção da Arábia Saudita no Iémen. O jornalista encontrava-se exilado nos Estados Unidos desde 2017. Na semana passada, o príncipe bin Salman disse que o seu país “não tem nada a esconder” e que as autoridades turcas até podiam fazer buscas no consulado saudita em Istambul.

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