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Rússia pede a EUA que parem com alegações sobre crimes cibernéticos

O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia alertou os Estados Unidos que devido às acusações a Moscovo sobre crimes cibernéticos podem estar a criar tensão entre as duas superpotências nucleares.

Rússia pede a EUA que parem com alegações sobre crimes cibernéticos
Notícias ao Minuto

06:43 - 05/10/18 por Lusa

Mundo Sergei Ryabkov

Sergei Ryabkov afirmou, na quinta-feira, que os norte-americanos estão a tomar um "caminho perigoso ao incitarem deliberadamente as tensões nas relações" entre a Rússia e os EUA, acrescentando ainda que os países europeus, aliados dos EUA, também deverem repensar sobre as falsas alegações.

Ryabkov considerou insustentáveis as acusações dos Governos do Reino Unido e da Holanda, afirmando que estes países apenas pretendem apoiar as alegações de Washington sobre a intromissão russa nas eleições de 2016 para criar um pretexto para novas sanções contra a Rússia.

"Trata-se de um ato de propaganda dirigido contra o nosso país", assegurou em comunicado o ministério dos Negócios Estrangeiros russo, para acrescentar que "esta campanha anti-Rússia (...) compromete as relações bilaterais".

O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico acusou a inteligência militar russa de fazer ciberataques contra instituições políticas, desportivas, empresa e meios de comunicação de todo o mundo. "Este tipo de comportamento demonstra o desejo [russo] de operar sem levar em conta o direito internacional ou as normas estabelecidas", apontou Jeremy Hunt, em comunicado.

Na quinta-feira, sete oficiais dos serviços secretos militares russos (GRU) foram acusados pelos norte-americanos de ataques informáticos a agências e outras organizações internacionais.

O Governo canadiano denunciou ataques russos à Agência Mundial Antidopagem e ao Centro Canadiano para a ética do Desporto, em 2016, apontando o GRU como "o mais que provável responsável".

"O Canadá junta a sua voz à dos seus aliados para denunciar uma série de ciberoperações maliciosas realizadas pelas forças militares russas", disse o ministério canadiano dos Negócios Estrangeiros.

Também a Austrália e a Nova Zelândia condenaram a Rússia pelo "padrão de atividade cibernética maliciosa" contra instituições políticas, comerciais, mediáticas e desportivas em todo o mundo, e querem ver os responsáveis punidos pelas violações das normas e leis.

"Isto é inaceitável e o governo australiano pede a todos os países, incluindo à Rússia, que parem com este tipo de atividades maliciosas", declarou, o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, em comunicado.

A União Europeia manifestou-se "seriamente preocupada" com os ataques e a NATO exigiu à Rússia que "ponha termo ao seu padrão de comportamento irresponsável, incluindo o uso da força contra vizinhos, tentativas de interferência em processos eleitorais e campanhas de desinformação generalizadas".

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