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Tiroteio na capital da República Centro-Africana provoca três mortos

Um tiroteio no bairro muçulmano e de comércio PK5, na capital da República Centro-Africana, provocou hoje três mortos e dois feridos, segundo fontes hospitalares e habitantes.

Tiroteio na capital da República Centro-Africana provoca três mortos
Notícias ao Minuto

22:30 - 02/10/18 por Lusa

Mundo PK5

Na origem do tiroteio, que ocorreu ao início da tarde, esteve uma altercação entre um membro de um grupo de autodefesa de Nimery Matar Djamous, também conhecido por Force, e homens armados não identificados.

"As lojas do mercado fecharam e as pessoas fecharam-se em casa", declarou à France-Press um habitante do bairro.

O PK5, pulmão económico da capital centro-africana, é o bairro onde habita a maioria dos muçulmanos de Bangui. As últimas trocas de tiros, com mortos, ocorreram em abril.

Neste mês, o PK5 foi palco de confrontos violentos que provocaram dezenas de mortos que se propagaram às imediações do bairro, designadamente com combates em torno de uma igreja católica, em 01 de maio, que provocaram pelo menos 24 mortos e 170 feridos.

A República Centro-Africana caiu no caos e na violência em 2013, depois do derrube do ex-Presidente François Bozizé por vários grupos juntos na designada Séléka (que significa coligação na língua franca local), que suscitou a oposição de outras milícias, agrupadas sob a designação anti-balaka.

O conflito neste país, com o tamanho da França e uma população que é menos de metade da portuguesa (4,6 milhões), já provocou 700 mil deslocados e 570 mil refugiados e colocou 2,5 milhões de pessoas a necessitarem de ajuda humanitária.

O governo do Presidente, Faustin Touadera, um antigo primeiro-ministro que venceu as presidenciais de 2016, controla cerca de um quinto do território.

O resto é dividido por mais de 15 milícias que, na sua maioria, procuram obter dinheiro através de raptos, extorsão, bloqueio de vias de comunicação, recursos minerais (diamantes e ouro, entre outros), roubo de gado e abate de elefantes para venda de marfim.

Portugal está presente no país desde o início de 2017, no quadro da Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da República Centro-Africana (MINUSCA).

No início de setembro, o major-general do Exército Marco Serronha assumiu o cargo de 2.º comandante da MINUSCA.

Aquela que já é a 4.ª Força Nacional Destacada Conjunta no país é composta por cerca de 160 militares iniciou a missão em 05 de setembro.

Portugal também integra a Missão Europeia de Treino Militar-República Centro-Africana (EUMT-RCA), comandada pelo brigadeiro-general Hermínio Teodoro Maio.

A EUTM-RCA, que está empenhada na reconstrução das forças armadas do país, tem 45 militares portugueses, entre os 170 de 11 nacionalidades que a compõem.

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