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Tsipras saudou homólogo da Macedónia após resultados do referendo

O primeiro-ministro grego manifestou hoje o seu apoio ao homólogo da Macedónia, Zoran Zaev, por ter aberto a possibilidade de um acordo entre os dois países sobre uma partilha do nome da Macedónia, disse à AFP fonte governamental.

Tsipras saudou homólogo da Macedónia após resultados do referendo
Notícias ao Minuto

23:20 - 30/09/18 por Lusa

Mundo Grécia

Por telefone, Alexis Tsipras terá saudado "a determinação e coragem" do seu homólogo em "prosseguir com abertura este acordo", aprovado hoje por referendo na Macedónia, mas com uma participação muito fraca, precisou a mesma fonte.

Mais de 90% dos eleitores que participaram no referendo aceitaram que o país passe a ser a "República da Macedónia do Norte", segundo resultados da comissão eleitoral.

Após a contagem de 43,57% dos boletins de voto, o "Sim" ganha com 90,72% dos votos, contra 6,26% para o "Não".

Segundo os últimos números disponíveis relativos à participação do eleitorado, a abstenção foi elevada. Mais de dois terços dos eleitores não tinha votado meia hora antes do fecho das mesas de voto, às 19:00 (17:00 GMT).

"Mais de 90%" dos eleitores aprovaram por referendo este domingo o acordo com a Grécia que visa mudar o nome da Macedónia, e o Parlamento deve "confirmar a vontade da maioria", disse à AFP o primeiro-ministro Zoran Zaev, depois de terem sido conhecidos os primeiros resultados.

O referendo é consultivo e deve ser validado por uma maioria de dois terços dos deputados.

Contudo, o chefe do Governo social-democrata e os seus aliados dos partidos da minoria albanesa não dispõem dessa maioria.

Segundo a Constituição da Macedónia, o resultado do referendo só será válido se reunir 50% do eleitorado, o que se traduz em cerca de 903.000 votos.

As previsões são de que a participação fique abaixo dos 50%.

Apesar da votação só ter um caráter consultivo, no caso de o referendo não alcançar os índices de participação mínima para ser considerado válido, o Governo terá uma tarefa difícil em convencer o parlamento a aprovar a emenda constitucional, para mudar o nome do país.

O principal partido da oposição, a aliança conservadora VMRO-DPMNE, informou que o seu líder, Hristijan Mickoski, se abstém de votar, porque considera a pergunta do referendo "manipuladora".

A pergunta em consulta não aludia diretamente ao nome final que adotará esta antiga república jugoslava, em caso de superar o processo de ratificação, ou seja, República da Macedónia do Norte, mas pede aos votantes que digam se apoiam ou não a integração na União Europeia e a NATO, assim como se aceitam o acordo entre a República da Macedónia e a Grécia.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros macedónio e grego, Nikola Dimitrov y Nikos Kotzias, assinaram um acordo, em junho, para que se utilize o nome "Macedónia do Norte", tanto a nível nacional como internacional, fechando assim um conflito aberto sobre a designação deste país balcânico desde que se tornou independente da Jugoslávia, em 1991.

A concretização do acordo abrirá caminho para a integração do país na UE e na NATO, que tem sido obstaculizado pela Grécia, que tem pretensões territoriais do país vizinho sobre a região homónima do norte da Grécia.

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