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São Tomé: Oposição critica Governo por lançar obras durante a campanha

O cabeça de lista do MLSTP-PSD às legislativas de São Tomé e Príncipe, Jorge Bom Jesus, criticou hoje o Governo, liderado pela ADI, por lançar obras durante a campanha para as eleições de 07 de outubro.

São Tomé: Oposição critica Governo por lançar obras durante a campanha
Notícias ao Minuto

20:24 - 30/09/18 por Lusa

Mundo Eleições

preciso ter algum cuidado. Este Governo já está em gestão, já não devia fazer mais nada. Quando lança estrada, a faltar sete dias, quem vai acabar? O Governo, em condições normais, já não devia lançar mais pedra", afirmou hoje o líder do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social Democrata, maior partido da oposição, durante uma ação de campanha em Oque-del-Rei, nos arredores da capital, São Tomé.

Hoje, o líder da Ação Democrática Independente (ADI) e candidato a um segundo mandato à frente do Governo são-tomense, Patrice Trovoada, inaugurou um centro de saúde no distrito de Água-Grande.

Num curto discurso, o candidato do principal partido da oposição prometeu 'mão pesada' para os corruptos: "Quem comer dinheiro do povo, vai ter de pagar, sim senhora".

"O MLSTP é o partido da independência, lutou contra a opressão colonial. Vai-nos libertar da fome, da miséria, do desemprego, da falta de liberdade, da falta de justiça, da ditadura", afirmou, antes de gritar "o povo unido jamais será vencido".

Do palco, improvisado sobre paletes empilhadas, Bom Jesus dizia "'Uãm, doçu, trexi'" (Um, dois, três, em crioulo forro), ao que os apoiantes, com três dedos no ar, respondiam "Ynhé pê" (riscar), uma indicação para votarem no MLSTP-PSD, colocado em terceiro lugar nos boletins de voto.

Alberto, um comerciante de 60 anos, afirmou-se "muito, muito aborrecido" com a atual situação do país: "É um desânimo que eu sinto, porque eu não vejo aquilo que anteriormente nós tínhamos".

Assumindo-se como "fã" do MLSTP-PSD, o comerciante avisou que, caso vença as eleições legislativas de 07 de outubro, o partido "tem de trabalhar muito para toda a gente viver na união, com felicidade e tudo".

"O país está no soro, está num estado de saúde preocupante. Não está à altura de resolver o problema dos são-tomenses, é um Governo de cambalacho", considerou Pacheco, 54 anos.

Jorge Bom Jesus, à frente do executivo, "tem perfil para levar este povo para uma democracia", defendeu.

O problema do desemprego no país é o que mais preocupa Ana Ventura, estudante de 23 anos.

"A camada jovem tem sido muito afetada. Este partido [ADI] não tem gerido muito bem a sociedade. As propinas aumentaram, está muito difícil matricular no ensino superior. O meu marido é perseguido no trabalho porque não é desse partido", lamentou.

Na ação de campanha de hoje, o partido sublinhou que não se tratava de um comício, mas de uma concentração, porque os simpatizantes "vieram a pé e não foram trazidos das roças em carrinhas, nem lhes pagaram".

Entre os apoiantes, alguns vestiam camisolas do partido e agitavam bandeiras, cartazes e panfletos, enquanto no palco, atuavam artistas locais. Um contraste em relação ao megacomício, no sábado, de Patrice Trovoada em Trindade, a segunda maior cidade do país, que contou com a participação de artistas são-tomenses e internacionais e o uso de modernos meios audiovisuais.

Em declarações à Lusa à margem da iniciativa, Jorge Bom Jesus afirmou que o partido mandou produzir em Portugal "cerca de 50 mil camisolas, bonés, brindes", mas os materiais não chegaram a tempo da campanha.

"Não temos dados palpáveis, mas é fácil acreditar que num período de campanha, este poder, para atingir os seus fins, é capaz de tudo", comentou.

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