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UE avança com mais cinco milhões de apoio para os rohingya

A União Europeia anunciou uma ajuda no valor de 5 milhões de euros (5,82 milhões de dólares) para os rohingya e outras minorias étnicas nos estados de Rakáin, Kachin e Shan, disseram fontes da delegação europeia na Birmânia.

UE avança com mais cinco milhões de apoio para os rohingya
Notícias ao Minuto

09:27 - 28/09/18 por Lusa

Mundo Birmânia

"A União Europeia está empenhada em ajudar as comunidades vulneráveis que vivem em Mianmar, que sofreram devido a conflitos prolongados no país", disse, em comunicado, Christos Stylianides, comissário europeu para Ajuda Humanitária e Gestão de Crises.

"A nossa assistência chegará aos mais vulneráveis, que foram deslocados pela violência, e àqueles que não podem voltar para suas casas", acrescentou o comissário, que defendeu o direito de acesso "sem restrições" a todas as zonas do país com população vulnerável.

Esta ajuda de cinco milhões de euros acresce a outros 40 milhões de euros (46,5 milhões de dólares) anunciados pela UE em maio passado para responder à crise humanitária dos rohingya, uma minoria muçulmana na Birmânia e no vizinho Bangladesh.

Esta segunda ajuda fornecerá acomodação, acesso a água potável e cuidados de saúde para os rohingya em Rakayin (oeste) e outras minorias em Kachin e Shan (nordeste), no meio das monções que ameaçam com chuvas torrenciais os campos de deslocados já superlotados.

Mais de 100 mil pessoas estão deslocadas em Kachin e Shan desde 2011, devido ao conflito entre o Exército birmanês e várias guerrilhas de minorias étnicas, incluindo o Exército para a Independência de Kachin.

O exército birmanês foi acusado pela Organização das Nações Unidas (ONU) de perpetrar uma limpeza étnica com sinais de genocídio contra os rohingya.

Uma operação militar em resposta a um ataque de milicianos rohingya em 2017 causou a morte de cerca de 10 mil membros dessa minoria e o êxodo para o Bangladesh de cerca de 725 mil nos meses seguintes, de acordo com um relatório de especialistas das Nações Unidas.

Segundo a UE, cerca de 600.000 rohingya permanecem em aldeias ou campos para os deslocados, sem liberdade de movimento e com acesso limitado a alimentos, serviços de saúde e educação.

A Birmânia não reconhece a cidadania dos rohingyas, que considera serem principalmente imigrantes bengalis, e nem são considerados nacionais no Bangladesh, o que os torna apátridas.

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