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Ativista russo das Pussy Riot acredita que foi envenenado por autoridades

O ativista do grupo de protesto Pussy Riot hospitalizado em Berlim, Piotr Verzilov, acredita "firmemente" ter sido envenenado pela Rússia, talvez pela sua intenção de investigar a morte de três jornalistas russos na República Centro-Africana.

Ativista russo das Pussy Riot acredita que foi envenenado por autoridades
Notícias ao Minuto

16:20 - 26/09/18 por Lusa

Mundo Rússia

Piotr Verzilov, de 30 anos, foi hospitalizado em estado grave em Berlim há cerca de dez dias, depois de ser transferido de Moscovo por uma organização não-governamental.

Os médicos em Berlim acreditam que o ativista foi "muito provavelmente" vítima de envenenamento.

"Estou bem de novo, espero sair o mais rápido possível e quero voltar para a Rússia", disse Verzilov numa entrevista divulgada na hoje pelo jornal alemão Bild.

Piotr Verzilov é um dos quatro membros do grupo Pussy Riot que entraram em campo durante a final do Mundial de Futebol na Rússia, em julho, vestindo uniformes da polícia.

Também é o fundador do sítio eletrónico Mediazona, que fornece informações sobre os julgamentos de defensores dos direitos humanos na Rússia.

"Há duas razões possíveis pelas quais os serviços secretos russos poderiam ter-me envenenado: por um lado, a ação da final do Mundial do Futebol, que os envergonhou, e por outro lado, as minhas ligações com os três jornalistas russos assassinados em África", disse o ativista na entrevista ao Bild.

Os três jornalistas foram mortos a tiro a 30 de julho na República Centro-Africana, onde estavam a investigar - para uma empresa de comunicação fundada pelo oponente do Kremlin, Mikhail Khodorkovsky - um grupo oculto de mercenários russos.

Verzilov trabalhou com um destes jornalistas assassinados.

"Eu queria e quero investigar o que aconteceu com os três jornalistas. Talvez seja por isso que os serviços secretos me tentaram envenenar. Penso que é o mais provável do que pelo ato num jogo do Mundial de Futebol", argumentou o ativista.

"Acredito firmemente que os serviços de informação russos são a fonte do meu envenenamento, talvez a GRU", o serviço de informação militar, diz Verzilov.

"O envenenamento foi tão profissional" que não poderíamos concluir outra coisa", acrescentou.

A sua hospitalização ocorreu num momento em que o caso Skripal já envenenava as relações entre os ocidentais e Moscovo.

O Governo britânico acusou duas pessoas que identificou como agentes dos serviços de informação militar russa (GRU) de envenenarem Sergueï Skripal e sua filha em Salisbury, na Inglaterra, em março. Essas acusações são rejeitadas pela Rússia.

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