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França recusa pedido de libertação do teólogo suíço Tariq Ramadan

Os juízes de instrução franceses recusaram um terceiro pedido de libertação do académico muçulmano Tariq Ramadan, acusado de duas violações e detido há sete meses em França, disseram fontes próximas do processo, citadas pela AFP.

França recusa pedido de libertação do teólogo suíço Tariq Ramadan
Notícias ao Minuto

12:36 - 26/09/18 por Lusa

Mundo Justiça

A versão do teólogo suíço de 56 anos, que negou quaisquer relações sexuais com as duas mulheres que o acusam, é contrariada por perícias ao seu telefone e computador, entregues na segunda-feira aos juízes, de acordo as fontes.

Após a recusa da libertação pelos juízes de instrução, um juiz de recurso ainda tem de tomar uma decisão dentro de três dias sobre este caso.

Tariq Ramadan, que sofre de esclerose múltipla e cujo tratamento foi considerado administrável na prisão, pede para ser colocado sob vigilância judicial com libertação do seu passaporte suíço e uma caução de 300.000 euros.

Confrontado em julho e em setembro pelas duas mulheres que o acusam na presença dos juízes, Tariq Ramadan reconheceu relações extraconjugais consentidas e "relações impetuosas, de dominação" com ex-amantes, mas reiterou que nunca teve tais relações com as queixosas.

Figura influente e controversa do islão francófono, Ramadan foi acusado de violação em outubro 2017 por Henda Ayari, um antiga salafista (movimento conservador muçulmano sunita) que se tornou uma ativista laica, e uma por uma outra mulher que é conhecida apenas como "Christelle" nos média.

"Tariq Ramadan manteve a sua posição firme, dizendo que nunca manteve relações sexuais com a autora da denúncia", disse o seu advogado Emmanuel Marsigny à saída da confrontação de mais de oito horas com "Christelle", a 18 de setembro, num tribunal de Paris.

Na Suíça, Ramadan também está a ser investigado por violação, num caso aberto em meados de setembro, em Genebra, depois de uma queixa apresentada por uma mulher em abril.

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