Ex-mulher disse ter sido alvo de ameaças de morte por parte de Bolsonaro
Caso remonta a 2011 e está documentado em telegramas assinados pelo embaixador brasileiro na Noruega nesse ano. Passados oito anos, contudo, Ana Cristina Valle nega as denúncias que fez e garante que mantém boas relações com Jair Bolsonaro.
© Reuters
Mundo Brasil
A ex-mulher do candidato à presidência do Brasil Jair Bolsonaro disse ter sido alvo de ameaças de morte por parte do candidato de extrema-direita.
A notícia é avançado pelo jornal brasileiro Folha de São Paulo, que teve acesso a um telegrama enviado por Ana Cristina Valle ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil, mais conhecido por Itamary.
O caso remonta a 2011, numa altura em que o casal disputava a custódia do filho menor de ambos, e levou mesmo a ex-mulher de Bolsonaro a abandonar o Brasil.
Segundo o telegrama assinado pelo embaixador Carlos Henrique Cardim a que a Folha teve acesso, lê-se que “a senhora Ana Cristina Siqueira Valle disse ter deixado o Brasil há dois anos [em 2009] ‘por ter sido ameaçada de morte’ pelo pai do menor [Bolsonaro].Aduziu ela que tal acusação poderia motivar pedido de asilo político neste país [Noruega]”.
Trecho do telegrama da Embaixada do Brasil na Noruega que informa que a ex-mulher de Bolsonaro relatou ter sido ameaçada de morte por volta de 2009: pic.twitter.com/svhub6iBKw
— Rubens Valente (@rubensvalente) September 25, 2018
Para além do ex-embaixador brasileiro na Noruega, a Folha cita ainda duas fontes anónimas que confirmam os telegramas.
A ex-mulher de Bolsonaro, contudo, negou ter sido ameaçada. Numa entrevista ao jornal Correio Braziliense, Ana Cristina Valle disse que “nunca [foi] ameaçada de morte por ele” e referiu que mantém, hoje, uma boa relação com o candidato de extrema-direita, apesar das “mágoas” e “brigas” de “toda a separação”.
As eleições presidenciais no Brasil estão marcadas para o próximo dia 7 de outubro. Bolsonaro continua a liderar as intenções de voto, com 28%, seguido do candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) Fernando Haddad (22%) que substitui Lula da Silva.
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