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Ministro venezuelano diz na ONU que país foi alvo de agressões pelos EUA

O ministro dos Negócios Estrangeiros venezuelano, Jorge Arreaza, disse hoje nas Nações Unidas que o país foi vítima de agressões diplomáticas por parte dos Estados Unidos, que acusou de "flagrante violação" do multilateralismo.

Ministro venezuelano diz na ONU que país foi alvo de agressões pelos EUA
Notícias ao Minuto

22:43 - 25/09/18 por Lusa

Mundo Venezuela

Segundo o governante, os EUA ultrapassaram um "sentido do ridículo" com as sanções aplicadas à mulher do Presidente venezuelano e a outras pessoas próximas de Nicolás Maduro.

Jorge Arreaza falava numa conferência de imprensa na sede da ONU em Nova Iorque, onde durante quase uma hora criticou a administração dos EUA, liderada por Donald Trump.

O ministro reconheceu que na Venezuela "há dificuldades" e "há uma crise económica".

"Como não haver?", questionou o chefe da diplomacia venezuelana, referindo que o vizinho Brasil usa a produção de eletricidade venezuelana sem pagar e muitos outros países não pagam o petróleo do seu país, devido a sanções económicas internacionais que a Venezuela sofre atualmente.

O diplomata explicou que o governo brasileiro e a empresa Eletrobras têm uma dívida com Caracas, mas estão impossibilitados de fazer os pagamentos porque os bancos não podem aceitar, resultado de sanções económicas impostas ao país.

Apesar da pressão exterior, o ministro sublinhou que a Presidência conseguiu construir o "Plano de Recuperação Económica, Crescimento e Prosperidade".

Antigo vice-presidente da administração de Hugo Chávez, entre 2013 e 2016, Jorge Arreaza disse que os efeitos das "agressões" alastram-se por todo o continente americano, pois foram dirigidas "contra a Venezuela e contra o resto dos 34 Estados latino-americanos e caribenhos", declarou.

O diplomata afirmou também, na sala de conferências de imprensa da ONU, que "só faltou" ao Presidente Trump "queimar a Carta das Nações Unidas", pois aquilo que fez foi "insultar" a organização, que engloba quase 200 países do mundo.

Venezuela e Cuba acabam "imersas em assuntos domésticos e eleitorais" dos Estados Unidos, constatou o ministro, acrescentando que o discurso de Trump no Debate Geral foi "muito eleitoralista", com vista às eleições legislativas de novembro nos EUA.

Trump, que falou de socialismo e comunismo ao argumentar contra a Venezuela no Debate Geral, "parecia [o Presidente] Nixon", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da Venezuela, que deixou o apelo: "Por Deus, tem de atualizar-se".

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