EUA sancionam figuras próximas de Maduro, incluindo mulher do Presidente
Os Estados Unidos impuseram hoje sanções financeiras contra várias figuras muito próximas do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, incluindo a própria mulher do chefe de Estado venezuelano.
© Reuters
Mundo Venezuela
As sanções anunciadas hoje pelo Departamento do Tesouro norte-americano (equivalente ao Ministério das Finanças) visam quatro pessoas.
Entre essas pessoas está Cilia Adela Flores de Maduro, mulher de Nicolás Maduro, e a vice-Presidente venezuelana, Delcy Rodriguez.
O ministro da Comunicação e Informação venezuelano e ex-presidente da Câmara de Caracas, Jorge Rodríguez, e o ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino Lopez, são os restantes elementos visados por estas novas sanções financeiras norte-americanas.
O próprio Nicolás Maduro consta da lista das sanções financeiras norte-americanas desde o verão de 2017.
De acordo com os termos das sanções, todos os bens destas figuras em território norte-americano passam a estar congelados e qualquer cidadão norte-americano está proibido de realizar negócios com estes responsáveis.
"O Presidente Maduro apoia-se no seu círculo mais próximo para manter a sua mão no poder, enquanto o seu regime está a saquear sistematicamente o que resta da riqueza da Venezuela", afirmou o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, citado num comunicado.
Na mesma nota informativa, Steven Mnuchin garantiu que os Estados Unidos "vão continuar" a colocar na lista de sanções "os responsáveis que ajudam Maduro a consolidar o respetivo poder sobre o exército e o Governo, enquanto o povo venezuelano sofre".
A Venezuela, país que conta com uma importante comunidade portuguesa, atravessa uma grave crise económica, social e humanitária que já obrigou milhares de pessoas a fugirem daquele território, atravessando as fronteiras em direção ao Brasil, Colômbia, Equador, Peru ou Chile.
Hoje, à chegada à Assembleia-Geral da ONU em Nova Iorque, o Presidente norte-americano, Donald Trump, declarou que a situação na Venezuela é "um caso triste" que deseja "ver resolvido".
"O que se passa lá é uma tragédia humana", declarou o chefe de Estado norte-americano.
Os Estados Unidos pretendem "continuar a impor um custo financeiro a todos aqueles que são responsáveis pelo trágico declínio da Venezuela, bem como às redes e a todos aqueles que são usados para mascarar a riqueza ilícita", concluiu o secretário do Tesouro norte-americano.
Até ao final deste ano, segundo o Departamento do Tesouro norte-americano, a hiperinflação (subida muito acentuada dos preços de bens e serviços) na Venezuela vai chegar a um milhão por cento e três milhões de pessoas vão deixar o país para tentar escapar de uma situação de pobreza.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com