ONU homenageia legado de Nelson Mandela, uma "luz de esperança"
Os líderes da ONU recordaram esta segunda-feira o legado de Nelson Mandela como um estímulo para o organismo mundial e a necessidade de "celebrar as diferenças", quando era descerrada uma escultura do líder sul-africano no quartel-general da organização.
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Mundo Inauguração
"Nelson Mandela personifica os valores mais elevados das Nações Unidas - paz, perdão, compaixão e dignidade humana", referiu o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.
"Hoje, com os direitos humanos sob uma crescente pressão em todo o mundo, seria importante refletir sobre o exemplo deste homem excecional", assinalou.
Guterres sublinhou a necessidade de "enfrentar as forças que ameaçam a sabedoria, o valor e a fortaleza que Nelson Mandela personificou".
"Madiba foi um cidadão do mundo cujo legado deve continuar a guiar-nos", frisou ainda o secretário-geral da ONU.
Em 2018 comemora-se o centenário do nascimento de Nelson Mandela, e as Nações Unidas vão declarar 2019-2028 como a 'Década da Paz Nelson Mandela' e foi organizada para hoje uma cimeira pela paz em honra do defunto presidente sul-africano e ex-prisioneiro político, que antecede o início do encontro anual dos líderes mundiais na Assembleia geral.
"Foi um líder que ensinou que é possível perdoar, que é possível que a reconciliação e a paz prevaleçam sobre o ódio e a vingança", sublinhou a presidente da Assembleia geral da ONU, a equatoriana María Fernanda Espinosa, no discurso de abertura.
Ao sublinhar o seu legado, a mesma responsável referiu-se uma "luz de esperança para um mundo dilacerado pelos conflitos e pelo sofrimento".
Dezenas de chefes de Estado e de governo vão intervir ao longo do dia nesta cimeira, enquanto os 193 países da ONU adotavam uma declaração política em favor da paz, um documento não vinculativo no qual reiteram o seu compromisso com a paz global e os direitos humanos.
Detido nas prisões sul-africanas durante 27 anos, Mandela tornou-se na referência internacional no combate contra o sistema de 'apartheid' num país dominado pela minoria branca e que discriminava a larga maioria de população negra.
Em 1994, quatro após ter sido libertado da prisão, tornou-se no primeiro Presidente negro do país, na sequência das primeiras eleições multirraciais. Nas décadas seguintes, foi laureado com o Nobel para a Paz e tornou-se num estadista global.
Diversos responsáveis internacionais e familiares de Mandela, incluindo a sua viúva Graça Machel, assistiram à apresentação da estátua onde surge um sorridente Nelson Mandela, com as mãos abertas. No grupo, alguém decidiu colocar uma bandeira do país na escultura do ex-presidente da África do Sul.
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