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Satisfeita com acordo sobre chefe da secreta, Merkel pede fim de disputas

A coligação liderada por Angela Merkel chegou no domingo a um novo acordo sobre o futuro do chefe dos serviços secretos, cuja promoção a secretário de Estado tinha suscitado críticas, um acordo que a chanceler considerou hoje "adequado".

Satisfeita com acordo sobre chefe da secreta, Merkel pede fim de disputas
Notícias ao Minuto

11:35 - 24/09/18 por Lusa

Mundo Alemanha

Segundo o novo acordo, Hans-Georg Maassen vai ser "consultor especial" do Ministério do Interior para assuntos europeus e internacionais.

A chanceler disse hoje que o novo acordo "é adequado" e lamentou a forma como o caso foi gerido, sublinhando que as disputas internas na coligação devem terminar.

"É da maior importância agora resolvermos os problemas das pessoas. Em muitas áreas temos estado demasiado preocupados connosco nos últimos meses. Isso tem de mudar", disse Merkel.

Maassen foi criticado nas últimas semanas por alegadas ligações ao partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) e por desvalorizar episódios de violência contra estrangeiros no leste do país.

Os líderes dos três partidos que formam a coligação - a União Democrata-Cristã (CDU) de Merkel, a União Social-Cristã (CSU) de Horst Seehofer e o Partido Social-Democrata (SPD) de Andrea Nahles - chegaram a acordo na terça-feira passada para a demissão de Maassen do Gabinete Federal para a Proteção da Constituição (BfV, serviços de informações internos).

Esse primeiro acordo previa a sua nomeação para um cargo de secretário de Estado no Ministério do Interior, chefiado por Seehofer, que, segundo fontes do SPD e da CDU citadas pela imprensa alemã, teria ameaçado romper a coligação se Maassen fosse simplesmente despedido.

O "caso Maassen" voltou a pôr em evidência diferenças pessoais e políticas dentro da coligação, que foi formada depois de quase seis meses de negociações.

Nas declarações que fez hoje, Merkel admitiu que o acordo inicial "não era convincente", e que pensou demasiado em pormenores organizacionais, "mas muito pouco sobre o que as pessoas sentem quando ouvem falar de uma promoção".

"Lamento muito que isto tenha acontecido", disse num encontro com jornalistas em Berlim.

A chanceler disse que os líderes dos partidos da coligação se vão reunir na próxima semana para falar de "questões prementes", como por exemplo a forma de garantir que os automóveis a diesel não vão enfrentar limitações à circulação devido a preocupações com a qualidade do ar, e reiterou que os tempos são "especialmente exigentes", obrigando a "total concentração no trabalho substantivo".

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